Os funcionários das agências dos Correios do Rio Grande do Norte aderiram à greve nacional dos trabalhadores da estatal. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RN (Sintect-RN), José Edilson, 60 das 174 agências no estado aderiram parcialmente à paralisação, ou seja, 34% do total. Os serviços de entrega de mercadorias está mais lento, segundo o representante do Sindicato, mas ele não soube mensurar a quantidade de pessoas que aderiram ao movimento.
Servidores do Correios pleiteiam reajuste salarial em 8% e realização de concurso público
Na manhã de ontem (21), alguns funcionários dos Correios fizeram um ato na zona Norte. A categoria tenta negociar um reajuste salarial de 8%. Segundo a Fentect, após mais de 40 dias desde a apresentação para a proposta, a empresa apenas tentou excluir cláusulas para o acordo coletivo de trabalho. “Os serviços diminuíram, a tendência é que atrasos nas entregas sejam maioria. As agências de Apodi, Mossoró e Pau dos Ferros, aderiram parcialmente”, explicou José Edilson.
Os funcionários também reclamam do fechamento de agências, o que dificulta os serviços postais e bancários, ameaças de demissão, corte em investimentos, suspensão de férias, entre outras questões. A entidade também demanda novos concursos para a reposição de funcionários que se aposentaram. A última seleção para empresa ocorreu em 2011.
A direção dos Correios e representantes da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) continuam em negociação para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho. Ontem, foram apresentadas as propostas econômicas para discussão com os sindicatos. Até o fechamento desta edição, porém, Sindicato e Correios não tinham se manifestado sobre a negociação. Ela prossegue após a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) ter decidido desistir das negociações e iniciar a paralisação nas bases de seus sindicatos filiados.
Levantamento parcial realizado na manhã de ontem mostra que no Rio Grande do Norte 92,03% do efetivo está presente e trabalhando – o que corresponde a 1.236 empregados. Do efetivo total dos Correios no Brasil, 91,65% está presente e trabalhando — o que corresponde a 99.504 empregados. Nas localidades onde há paralisação, a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população.
Em nota à imprensa, o Correios afirmou que continua dispostos a negociar e dialogar com os Sindicatos que não aderiram à paralisação para que o acordo coletivo seja assinado e considera a greve por parte de alguns Sindicatos um ato “irresponsável e unilateral, que desqualifica o processo de negociação e prejudica o esforço realizado por todos os empregados durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”.
“A atitude desses Sindicatos coloca em risco a qualidade dos serviços prestados aos clientes e à população brasileira e torna ainda mais grave a atual situação do Correios. A paralisação, ainda que parcial, acarreta um potencial de perda de receitas e de pagamento de indenizações que onera os cofres da estatal”, diz o Correios em nota.
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