Bolsonarista, Girão foi suspenso pelo diretório nacional em novembro de 2019, por apoiar a criação do Aliança pelo Brasil. Também é um dos 11 parlamentares que tiveram seu sigilo quebrado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Da redação
Fonte: AGORA RN
Foto: Reprodução
Omédico Daniel Sampaio, presidente do PSL no Rio Grande do Norte e pré-candidato a prefeito de Mossoró, disse nesta quarta-feira (17) que vai entrar com um pedido de expulsão do deputado federal General Girão do partido. Bolsonarista, Girão foi suspenso pelo diretório nacional em novembro de 2019, por apoiar a criação do Aliança pelo Brasil. Também é um dos 11 parlamentares que tiveram seu sigilo quebrado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito sobre atos antidemocráticos.
Em nota, Daniel Sampaio também disse que Girão “não está autorizado” a fazer tratativas em nomes do PSL sobre as eleições municipais deste ano.
“A respeito da atuação partidária do deputado General Girão, com vistas às eleições municipais deste ano no Rio Grande do Norte, informamos que o mesmo não está autorizado a fazer qualquer tratativa em nome do PSL, especialmente em relação a acordos eleitorais com outras legendas, destacadamente o PRTB”, afirmou Daniel Sampaio.
A decisão de Alexandre de Moraes, que conduz as investigações do inquérito sobre atos antidemocráticos e o das fake news, foi tomada em 27 de maio a pedido do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros.
Moraes também determinou que YouTube, Facebook e Instagram prestem informações se as páginas mantidas pelos alvos da operação recebem algum tipo de pagamento por cada postagem. Um dos objetivos da investigação é apurar se as convocações de atos antidemocráticos e as postagens contra as instituições são ou não remuneradas.
As diligências do inquérito, aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), começaram a andar na segunda-feira (15), quando a Polícia Federal deu início ao cumprimento de seis mandatos de prisão contra integrantes do grupo bolsonarista “300 do Brasil”. Uma de suas lideranças, a extremista Sara Fernanda Giromini, foi presa na segunda.
De acordo com a PGR, uma linha de apuração é que os investigados teriam agido articuladamente com parlamentares para “financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional”.
Na terça (16), uma força-tarefa voltou às ruas para fazer buscas e apreensões em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. Entre os alvos da ação estiveram o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que está na lista dos que tiveram sigilo fiscal quebrado, o blogueiro Allan dos Santos, o empresário e advogado Luís Felipe Belmonte, principal operador político do Aliança pelo Brasil, o publicitário Sérgio Lima, marqueteiro do partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, e o investidor Otavio Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional. A ofensiva mira ainda youtubers bolsonaristas.
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