terça-feira, 16 de junho de 2020

Deputados recomendam ao governo do RN suspensão de repasses de recursos ao Consórcio Nordeste

Apesar de medida preventiva, comissão de enfrentamento ao coronavírus da Assembleia Legislativa defende permanência do Rio Grande do Norte no Consórcio.

Da redação
Fonte: G1 RN
A comissão de enfrentamento ao coronavírus da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou nesta segunda-feira (15) uma recomendação para que o governo do Rio Grande do Norte suspenda qualquer repasse de recursos para o Consórcio Nordeste, inclusive valores destinados à manutenção. A proposta inicial também previa o pedido de exclusão do RN do Consórcio, mas este foi rejeitado.

Para os deputados integrantes da Comissão, é preciso investigar e punir eventuais casos de corrupção, mas é importante o estado continuar no Consórcio. "O governo precisa suspender repasses até esclarecimentos dos fatos. Não tendo envio de repasses, o RN não perderá nada", falou o deputado Dr. Bernardo (Avante).

Formado por todos os estados da região, o Consórcio Nordeste foi criado com o objetivo de facilitar compras e negociações em comum para os nordestinos. Com a pandemia do novo coronavírus, utilizaram este mecanismo para comprar respiradores. Em uma das compras, foram pagos mais de R$ 48 milhões de forma antecipada e os equipamentos não foram entregues. Do total investido, R$ 4,8 milhões são do Rio Grande do Norte.
O caso está sendo investigado pela Polícia e o processo está em andamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No início deste mês, uma operação da Polícia Civil da Bahia levou para a prisão os empresários responsáveis pelo negócio fraudulento.

"Um crime absurdo em qualquer época, em uma pandemia, de tantas dificuldades para o país, alguém querer roubar dinheiro público, é pior ainda. Defendo punição exemplar para quem tem se comportado de forma reprovável durante esse período", declarou o deputado Hermano Morais (PSB).

Tomba Farias (PSDB) defendeu a saída do RN do Consórcio Nordeste e elencou suspeitas em torno das empresas envolvidas na compra de respiradores. "Criado para facilitar e economizar recurso público, fazer economia. Nas duas primeiras compras, prejuízo total. Perdeu o recurso".

Nenhum comentário:

Postar um comentário