Patrocinadora oficial da Copa do Mundo de 2014, a Adidas está comercializando, em seu site nos Estados Unidos, uma linha especial de camisas referente ao torneio no Brasil.Entre os produtos, porém, dois modelos receberam críticas do governo brasileiro por terem duplo sentido e uma conotação sexual.
Uma das peças, que passa a mensagem “Eu amo o Brasil”, apresenta uma estampa de coração que pode ser vista como nádegas femininas com um biquíni fio dental. O produto está à venda no site da empresa ao preço de US$ 22 (R$ 51,50).
Já um segundo modelo traz a expressão americana “Lookin’ to score” junto a uma garota de biquíni. Além da tradução “em busca de gols”, a expressão também pode ser entendida como “pegar garotas”. O modelo custa US$ 25 (R$ 58,50).
Para Flávio Dino, presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), a atitude da empresa vai de encontro às medidas que vêm sendo tomadas pelo governo brasileiro, que visam desvincular o apelo sexual ao País.
“Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende. Nosso esforço é voltado para a promoção do Brasil pelos atributos naturais e culturais. Não aceitamos o turismo sexual. Claro que as pessoas podem namorar durante a Copa, mas não queremos uma mercantilização disso”, disse Dino, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
O governo vai, inclusive, formalizar um pedido à empresa para que os produtos deixem de ser comercializados. “Vamos entrar em contato com a direção da Adidas, fazendo um apelo para que reveja essa atitude e tire os produtos do mercado. Já comunicamos nossas agências espalhadas por 15 países para que façam a divulgação de que não aceitaremos isso”, finalizou o presidente da Embratur.
Diário do Nordeste
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