sábado, 30 de janeiro de 2016

Criança com síndrome rara morre no Rio Grande do Norte

Nathan Feitosa, de 11 anos, tinha Síndrome de Hutchinson-Gilfordmorava. Ele morreu na tarde desta sexta-feira (29) em Natal.

DA REDAÇÃO COM G1 RN
O pequeno Nathan Feitosa, de 11 anos de idade, portador da Síndrome de Hutchinson-Gilfordmorava, conhecida como progéria, morreu na tarde desta sexta-feira (29) em Natal. De acordo com a família, Nathan teve um 'cansaço' nesta sexta, chegou a ser internado em uma UTI, mas não resistiu. O corpo será levado para João Pessoa, onde o garoto nasceu.

Nathan é filho do delegado de Polícia Civil Normando Feitosa e de Joseane Ramos. Ele foi diagnosticado com progéria - uma alteração genética rara e fatal, caracterizada pelo envelhecimento acelerado - quando tinha três anos. De acordo com o pai da criança, para cada ano vivido era como se Nathan envelhecesse cinco anos.

Até os dois primeiros anos de vida, as características físicas de Nathan eram as mesmas de uma criança saudável. Entretanto, logo surgiram algumas mudanças na textura da pele, enrijecimento das articulações e uma acentuada queda de cabelo.
Nathan gosta de jogar vídeo-game com os irmãos, Normando Filho e Nathiely (Foto: Ricardo Araújo/G1)Nathan (ao centro) ao lado dos irmãos Normando
Filho e Nathiely (Foto: Ricardo Araújo/G1)
A síndrome de Hutchinson-Gilford, de acordo com a geneticista Maria Ione Costa, é raríssima. A especialista acompanhou Nathan desde o diagnóstico. Dados da Fundação de Pesquisa da Progéria, nos Estados Unidos, informam que, para os pais que nunca tiveram uma criança com progéria, as chances de terem um filho afetado com a síndrome é de uma em quatro milhões.

Estima-se que pouco mais de 100 crianças espalhadas pelo mundo sofrem deste mal. No Brasil, menos de uma dezena de casos são conhecidos. No Rio Grande do Norte, há duas crianças com progéria. Nathan, que nasceu em João Pessoa, na Paraíba, é uma delas.

Crianças com progéria morrem de doenças cardíacas que afetam milhões de adultos em envelhecimento normal, mas ao invés de ocorrer quando a pessoa tem mais de 60 ou 70 anos, por exemplo, essas crianças podem sofrer ataques cardíacos e derrames já com 5 anos de idade.

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