Da redação com Agência Estado
A vaga na Copa da Rússia é apenas questão de tempo. A seleção brasileira superou mais um grande obstáculo ao derrotar de virada o Uruguai, por 4 a 1, pelas Eliminatórias, em Montevidéu, e chegar aos 30 pontos na classificação. Com esta quantidade de pontos jamais uma equipe ficou fora do Mundial e, por isso, a presença já é lógica e depende apenas de formalizações matemáticas para se confirmar, o que deve vir em breve.
O Brasil de Tite, agora com sete vitórias consecutivas, superou a maior série anterior da equipe nas Eliminatórias, conquistada por João Saldanha, em 1969. A nova marca foi estabelecida de forma convincente, ao bater de virada o Uruguai, que estava invicto como mandante desde 2009 e tinha até enfrentar o Brasil seis jogos e seis vitórias no estádio do Centenário.
A partida do líder das Eliminatórias contra o segundo colocado foi o confronto de diferentes propostas de jogo. A seleção previa um jogo truncado, ao estilo Libertadores. O roteiro se cumpriu, felizmente, só dentro de campo. Do lado de fora as duas torcidas chegaram juntas ao Centenário, em clima de confraternização. Não houve vaias durante os hinos, nem a presença de 60 mil uruguaios representou um ambiente tão amedrontador.
O aprendizado em Montevidéu será uma experiência muito importante. Pela primeira vez desde a chegada de Tite a equipe saiu atrás no placar. Marcelo tentou recuar de peito para Alisson, a bola saiu sem força e o goleiro derrubou Cavani. O atacante uruguaio bateu aos 9 minutos para fazer 1 a 0.
A desvantagem parecia uma armadilha ao nervosismo. Era preciso tranquilidade e confiança. Após jogada trabalhada da esquerda, com Neymar, a bola chegou para Paulinho bater no ângulo e empatar, aos 19 minutos.
Firmino, o substituto de Gabriel Jesus, havia perdido uma chance clara no começo do jogo, para se redimir no início do segundo tempo. Ele chutou, o goleiro deu rebote e Paulinho, novamente, apareceu na área para concluir, aos 6 minutos.
A vantagem fez a pressão mudar de lado. Passou a ser o Uruguai quem propunha o jogo. As jogadas mais duras passaram a aparecer. Para o bem do Brasil, a equipe aprendeu a sofrer quando é necessário e a definir o jogo quando mais se precisa. Coube a Neymar começar a definir o jogo, com um toque de cobertura, em um lance capaz de cativar aplausos dos uruguaios e gritos de “o campeão voltou” vindos da torcida verde-amarela. Nos acréscimos, Paulinho ainda fez seu terceiro gol e selou o resultado favorável ao Brasil.
FICHA TÉCNICA
URUGUAI 1 X 4 BRASIL
URUGUAI: Martín Silva; Maxi Pereira, Coates, Godín e Gastón Silva; Vecino, Arévalo Ríos, Sánchez (Hernández) e Rodríguez; Rolán (Stuani) e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.
BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; Philippe Coutinho (Willian), Paulinho, Renato Augusto (Fernandinho) e Neymar; Firmino (Diego Souza). Técnico: Tite.
Gols: Cavani, aos 9, e Paulinho, aos 19 minutos do primeiro tempo. Paulinho, aos 6, e Neymar, aos 29 minutos, e Paulinho, aos 47 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Maxi Pereira, Casemiro, Marcelo, Daniel Alves, Godín, Coates
Árbitro: Patricio Loustau (Argentina)
Local: Estádio Centenário, em Montevidéu
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