Um relatório divulgado nesta sexta (19) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou que 69,7% das estradas que cortam o Rio Grande do Norte apresentam irregularidades, isto é, se encontram em péssimas, ruins ou em situação regular em suas condições. As vias em questão são federais e estaduais. O relatório, divulgado nesta semana pela CNT, leva em consideração a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Ao todo, foram avaliados 1.856 quilômetros de 19 rodovias que cruzam no Estado.
Nenhuma das vias estaduais analisadas está ótima ou boa. 347 estão ruins ou péssimas
De acordo com a CNT, dos 1.856 quilômetros avaliados, 1.508 se referem a rodovias federais. Destas, levando-se em consideração os três pontos citados, 25 se encontram em estado péssimo, 104 em estado ruim e 817 péssimo. Vias federais em estado ótimo ou bom representam 562 quilômetros.
Já no tocante às vias estaduais, nenhuma apresenta situação ótima ou boa. Apenas uma rodovia é tida como regular e 347 vias estaduais estão péssimos ou ruins.
De acordo com a CNT, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 33,1% no transporte, isso porque “rodovias com deficiência reduzem a segurança, além de aumentar o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível”, explicou.
Quando se esmiuça os pontos classificados, o quesito “geometria da via” é o que apresenta os piores índices nas rodovias do Rio Grande do Norte. Dos trechos avaliados, 87,4% estão péssimas, ruins ou regulares. Apenas 12,6% estão ótimas ou boas. Nesse quesito, são avaliados o tipo de rodovia (simples ou dupla), a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), além de pontes, viadutos, curvas perigosas e se a rodovia possui ou não acostamento. O relatório aponta ainda que os condutores que cruzam o Rio Grande do Norte se deparam com 25 pontos críticos, isto é, trechos com buracos grandes.
Entre as 19 rodovias avaliadas pela equipe técnica do CNT, a que apresenta os melhores índices é a BR-110 (Areia Branca, Mossoró), com uma avaliação “ótimo” no pavimento e “bom” no estado geral, sinalização e geometria da via.
Entre as rodovias estaduais, apresentam avaliação idêntica a RN-023 (Lajes Pintadas, Coronel Ezequiel, Jaçanã acesso à Santa Cruz) e RN-023/BR-104 (Currais Novos, Campo Redondo); RN-223 (Triunfo Potiguar e Assu), a RN-079 (Alexandria e Pau dos Ferros), com caracterização “péssimo” no estado geral e repetindo o índice em sinalização e geometria, tendo “ruim” no pavimento. Além dessas, a RNT-226/BR-226 (Currais Novos, São Vicente, Florânia) tem avaliação “péssimo” nos quatro quesitos pontuados.
De acordo com levantamentos e estimativas da confederação, são necessários R$ 524,33 milhões para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias (trechos com a superfície do pavimento apresentando trinca, remendos, afundamentos, ondulações, buracos ou destruída) e com a implementação de sinalização adequada. Para a manutenção dos trechos desgastados, o custo estimado é de R$ 229,77 milhões.
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