sexta-feira, 22 de março de 2013

Governadora empossa novos secretários indicados pela base aliada


Frankie Marcone
Júnior Teixeira, Luiz Roberto Fonseca e Leonardo Rego: novos secretários
Gerson de Castro

Da Redação Natal

Em um concorrido evento realizado no amplo hall da Escola de Governo, a governadora Rosalba Ciarlini empossou, no início da noite de hoje (21) os novos secretários de Agricultura, Saúde e Recursos Humanos. A presença dos principais líderes dos partidos aliados, à exceção do ministro Garibaldi Filho, de deputados estaduais e prefeitos deu o tom político à solenidade de posse dos novos auxiliares do governo, indicados consensualmente pela base aliada.

Os três secretários empossados – José Teixeira Júnior (Agricultura, Pecuária e Pesca), Leonardo Rego (Meio Ambiente e e Recursos Hídricos) e Luiz Roberto Fonseca (Saúde) - tiveram direito a discursos, pautados pela emoção. Foram saudados pelos deputados Getúlio Rego (DEM), pelo senador José Agripino, pelo deputado Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados e, ao final, pela própria governadora Rosalba Ciarlini.

Primeiro a tomar posse, o agropecuarista José Teixeira de Sousa Júnior, ex-prefeito de Serrinha e que presidia a Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), manifestou sua aposta na agricultura familiar e no apoio aos pequenos negócios. Terá como missão imediata o enfrentamento do longo período de estiagem que assola o Estado, causando danos consideráveis à produção, ao rebanho e ameaça a sobrevivência do homem do campo.

O novo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o ex-prefeito de Pau dos Ferros Leonardo Rego disse chegar à secretaria movido pelo “espírito de convergência”. Revelou ter autorizado no primeiro expediente a instalação de 40 poços em quatro municípios onde a situação de abastecimento é considerada dramática – Apodi, Equador, Campo Redondo e Fernando Pedroza . Ao final de sua emocionada e bem articulada fala, pediu aos prefeitos que o procurem e garantiu que a Semarh estará na linha de frente do combate à seca. Rego fez uma homenagem ao antecessor, Gilberto Jales.

Tendo pela frente o maior desafio de todos os novos secretários, o médico Luiz Roberto Fonseca disse conhecer a Secretaria Estadual de Saúde, onde há dois anos coordena o Samu 192. “Sei das minhas limitações, careço de ajuda e vou buscá-la”, afirmou, completando que procurará os colegas médicos e as entidades. “Não me move nenhum sentimento de orgulho, vaidade ou ego, mas um enorme sentimento de responsabilidade”, afirmou o novo titular da Saúde. Sua missão começa bem cedo nesta sexta-feira (22) quando terá oportunidade de tomar café da manhã e acompanhar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, numa visita ao Hospital Walfredo Gurgel. “Temos bons técnicos, bons engenheiros, faremos bons projetos e vamos pedir apoio. E o ministro começará amanhã mesmo a ouvir os meus pedidos”, anunciou Fonseca.

BASE ALIADA

Presentes à solenidade de posse, o senador José Agripino e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, deram o tom político ao evento. Logo na chegada, ao falarem com os jornalista, Maia e Alves destacaram que as indicações dos novos secretários foram fruto do consenso da base aliada e não indicações individuais. “São indicações da base aliada, são nomes de qualidade técnica que tem o nosso respaldo político”, assim definiu o senador e presidente nacional do Democratas.

Henrique Alves disse que as novas nomeações, feitas a partir de indicações consensuais, são adequações necessárias. “Isso acontece em qualquer governo”, afirmou, lembrando que na semana passada a presidente Dilma Roussef, que tem um governo bem avaliado, fez mudanças em alguns ministérios. Disse também que não deve ocorrer apenas uma mudança de nomes, mas de postura, com secretários tendo liberdade para desenvolver suas ideias. “É uma sacudida. Temos o dever de fazer isso”, afirmou.

Henrique Alves disse, ainda, que espera que o Conselho Político seja acionado e que o Governo não pode abrir mão da experiência de dois ex-governadores como José Agripino e Garibaldi Filho. Agripino preferiu lembrar que o Conselho Político é uma instância informal e que cabe à governadora Rosalba Ciarlini convoca-lo quando julgar necessário.

Centenas de pessoas lotaram o amplo hall da moderna e recém-concluída Escola de Governo para prestigiar a solenidade de posse. A impressão de todos é de que, embora se restrinjam a apenas três secretarias, as mudanças dão um gás novo no governo. “A hora é agora”, afirmou o deputado Getúlio Rego, a quem o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta (PMN), transferiu a missão de saudar os novos secretários.

Jornal de Fato

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