40 anos do HWG: O pulso ainda pulsa!
Ricardo Araújo - repórter
O jovem senhor completa hoje 40 anos de atividades. Pelo tempo de serviço, já estaria aposentado. Não fossem os pulsos que mantém seus batimentos cardíacos numa nem sempre compassada sintonia, o Hospital Walfredo Gurgel, que é o maior complexo hospitalar do estado, já teria ido a óbito diante de tantas crises enfrentadas ao longo de quatro décadas de (sobre)vida. As mesmas histórias de 1973, ano do início das suas atividades, se repetiram nas décadas seguintes e são tão comuns atualmente, que o Hospital Walfredo Gurgel não é reconhecido pelas milhares de vidas que ali se salvaram ao longo de tanto tempo.
Ricardo Araújo - repórter
O jovem senhor completa hoje 40 anos de atividades. Pelo tempo de serviço, já estaria aposentado. Não fossem os pulsos que mantém seus batimentos cardíacos numa nem sempre compassada sintonia, o Hospital Walfredo Gurgel, que é o maior complexo hospitalar do estado, já teria ido a óbito diante de tantas crises enfrentadas ao longo de quatro décadas de (sobre)vida. As mesmas histórias de 1973, ano do início das suas atividades, se repetiram nas décadas seguintes e são tão comuns atualmente, que o Hospital Walfredo Gurgel não é reconhecido pelas milhares de vidas que ali se salvaram ao longo de tanto tempo.
Emanuel Amaral
O tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um dos equipamentos de alta tecnologia do HWG. Algumas dessas ferramentas não são encontradas nem mesmo nos grandes hospitais particulares
E sim, pelas recorrentes crises de abastecimento, falta de profissionais, corredores que se assemelham às enfermarias coletivas dos campos de guerra e pacientes à espera de atendimento. Muitos não lembram, porém, que é dali que saem vidas salvas, mesmo diante de tantos desafios.
De 1973 a 2013, o fluxo de pacientes aumentou numa proporção inversa a dos investimentos em ampliação. Somente uma grande obra, a construção do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, concluída no início de 2001, foi realizada até hoje. O que serviria como uma ponte de safena para a obstruída artéria aorta da rede pública estadual de Saúde, quatro meses após sua fundação já apresentava os mesmos problemas de superlotação do seu vizinho adulto.
saiba mais
HWG: muito além da área médica
Veja linha do tempo sobre o Hospital Walfredo Gurgel
Tais dificuldades, diferente de uma enfermidade, nem sempre são curadas com um antibiótico. Os curativos feitos na infraestrutura e operacionalização do Walfredo Gurgel ao longo dos anos, parece ser a única solução para a chaga da saúde pública no Rio Grande do Norte, cujo estado de calamidade foi reconhecido por 180 dias em 2011 pela governadora Rosalba Ciarlini. O hospital tem tantas dificuldades que eu me sinto uma sobrevivente. São as pessoas, são os funcionários que fazem a diferença aqui dentro, afirma a diretora técnica da unidade, Hélida Bezerra.
Mesmo assim, ela admite que, diariamente, muitas vidas são salvas e é este o combustível ao qual a equipe médica e administrativa do hospital recorre para não esmorecer em meio aos percalços. Ela cita que, desde 2001, ano no qual ingressou na unidade hospitalar, assistiu aos avanços nos serviços oferecidos à população com a inclusão de especialidades médicas como pediatria, cirurgia vascular, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Ao custo mensal de R$ 1,3 milhão, utilizados para o custeio da manutenção geral, compra de material de expediente e medicamentos, além dos consertos dos equipamentos médico-cirúrgicos, o Hospital Walfredo Gurgel dispõe de equipamentos para exames médicos de alta complexidade que nem mesmo os grandes hospitais particulares tem. O tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um deles. No aparelho, são processados até 1.700 exames mensalmente, entre tomografias e angio-tomografias. Há um outro equipamento com as mesmas características disponível no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim.
Além disso, o complexo hospitalar é referência em tratamento de queimados em todo o Rio Grande do Norte. E dispõe, ainda, de equipes médicas especializadas no atendimento a casos de urgência e emergência, cuja maior demanda, atualmente, são vítimas de acidentes de trânsito, com destaque para aqueles envolvendo motociclistas.
No tratamento das doenças crônicas, o hospital se destaca no tratamento do pé do diabético, com médicos especialistas na área. Recentemente, o Walfredo Gurgel adquiriu uma máquina de endoscopia de última geração, que é a mais moderna disponível nos hospitais públicos do estado.
No limiar de um novo tempo que neste domingo começa, ao comemorar mais um aniversário, o maior complexo hospitalar do estado vislumbra dias melhores e segue, salvando vidas, em meio ao caos histórico.
E sim, pelas recorrentes crises de abastecimento, falta de profissionais, corredores que se assemelham às enfermarias coletivas dos campos de guerra e pacientes à espera de atendimento. Muitos não lembram, porém, que é dali que saem vidas salvas, mesmo diante de tantos desafios.
De 1973 a 2013, o fluxo de pacientes aumentou numa proporção inversa a dos investimentos em ampliação. Somente uma grande obra, a construção do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, concluída no início de 2001, foi realizada até hoje. O que serviria como uma ponte de safena para a obstruída artéria aorta da rede pública estadual de Saúde, quatro meses após sua fundação já apresentava os mesmos problemas de superlotação do seu vizinho adulto.
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HWG: muito além da área médica
Veja linha do tempo sobre o Hospital Walfredo Gurgel
Tais dificuldades, diferente de uma enfermidade, nem sempre são curadas com um antibiótico. Os curativos feitos na infraestrutura e operacionalização do Walfredo Gurgel ao longo dos anos, parece ser a única solução para a chaga da saúde pública no Rio Grande do Norte, cujo estado de calamidade foi reconhecido por 180 dias em 2011 pela governadora Rosalba Ciarlini. O hospital tem tantas dificuldades que eu me sinto uma sobrevivente. São as pessoas, são os funcionários que fazem a diferença aqui dentro, afirma a diretora técnica da unidade, Hélida Bezerra.
Mesmo assim, ela admite que, diariamente, muitas vidas são salvas e é este o combustível ao qual a equipe médica e administrativa do hospital recorre para não esmorecer em meio aos percalços. Ela cita que, desde 2001, ano no qual ingressou na unidade hospitalar, assistiu aos avanços nos serviços oferecidos à população com a inclusão de especialidades médicas como pediatria, cirurgia vascular, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Ao custo mensal de R$ 1,3 milhão, utilizados para o custeio da manutenção geral, compra de material de expediente e medicamentos, além dos consertos dos equipamentos médico-cirúrgicos, o Hospital Walfredo Gurgel dispõe de equipamentos para exames médicos de alta complexidade que nem mesmo os grandes hospitais particulares tem. O tomógrafo de 16 canais e imagens em três dimensões é um deles. No aparelho, são processados até 1.700 exames mensalmente, entre tomografias e angio-tomografias. Há um outro equipamento com as mesmas características disponível no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim.
Além disso, o complexo hospitalar é referência em tratamento de queimados em todo o Rio Grande do Norte. E dispõe, ainda, de equipes médicas especializadas no atendimento a casos de urgência e emergência, cuja maior demanda, atualmente, são vítimas de acidentes de trânsito, com destaque para aqueles envolvendo motociclistas.
No tratamento das doenças crônicas, o hospital se destaca no tratamento do pé do diabético, com médicos especialistas na área. Recentemente, o Walfredo Gurgel adquiriu uma máquina de endoscopia de última geração, que é a mais moderna disponível nos hospitais públicos do estado.
No limiar de um novo tempo que neste domingo começa, ao comemorar mais um aniversário, o maior complexo hospitalar do estado vislumbra dias melhores e segue, salvando vidas, em meio ao caos histórico.
TRIBUNA DO NORTE
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