Em nível estadual, no Ceará, o partido pode apoiar o nome de Eunício Oliveira (PMDB) para governador
Brasília. Além da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que, obviamente, é prioridade máxima, a meta do PT para as eleições do ano que vem é eleger mais de 100 deputados federais - hoje são 88 - e aumentar a bancada de senadores de 12 para 20. Quanto aos governos estaduais, a orientação é abrir mão de candidatura própria para apoiar aliados, onde o partido não tiver nomes fortes, em troca de apoio na eleição presidencial.
Brasília. Além da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que, obviamente, é prioridade máxima, a meta do PT para as eleições do ano que vem é eleger mais de 100 deputados federais - hoje são 88 - e aumentar a bancada de senadores de 12 para 20. Quanto aos governos estaduais, a orientação é abrir mão de candidatura própria para apoiar aliados, onde o partido não tiver nomes fortes, em troca de apoio na eleição presidencial.
O partido dará continuidade à estratégia de priorizar a reeleição de Dilma. A presidenciável vem ao Ceará na próxima semana FOTO: REUTERS
Como disse o ex-presidente Lula "a prioridade em todos os estados é reeleger Dilma". Ou seja, o partido dará continuidade à estratégia adotada após 2006, na campanha da reeleição de Lula no rastro do escândalo do mensalão: priorizar a disputa presidencial e deixar a estadual em segundo plano. Isso pode acontecer, por exemplo, no Ceará, onde o PT deve apoiar o senador Eunício Oliveira (PMDB) para governador; e no Amazonas, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB).
Mas para não ficar totalmente dependente dos mesmos aliados no plano nacional, no Congresso, o PT investirá na campanha de deputados e senadores, para dar uma sustentação mais folgada a um eventual segundo mandato de Dilma.
Para diminuir a dependência dos aliados, o objetivo é manter-se como a maior bancada na Câmara e tornar-se a maior no Senado. Se for bem-sucedido, o PT poderia, então, ter a presidência das duas Casas a partir de 2015.
Além de passar em revista os cenários estaduais, em reunião na última segunda-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, e os presidentes regionais do partido discutiram a conjuntura nacional. Apesar de estarem preocupados com a movimentação do candidato virtual do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e com a simpatia do empresariado por ele, a avaliação no PT é que ele não deverá ter palanques fortes nos principais colégios eleitorais: São Paulo, Belo Horizonte e Rio. Quanto ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), os petistas apostam que, considerando o cenário atual, ele não conseguirá unir seu partido, o que, na avaliação deles, prejudicará sua campanha. E se deleitam com as "cotoveladas" trocadas entre o mineiro e o ex-governador de São Paulo José Serra.
Já a análise feita sobre a ex-senadora Marina Silva é que seu projeto de criar um novo partido, o Rede, está pouco consolidado. Na avaliação petista, sua organização é "muito frágil". Eles atribuem o segundo lugar de Marina nas pesquisas ao recall das eleições de 2010, quando ela teve cerca de 20 milhões de votos.
A ex-senadora aparece com 16% em pesquisa Datafolha divulgada no último dia 23. Nos estados, há preocupação no PT com governos comandados atualmente pelo partido.
É o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul, onde o governador Tarso Genro (PT) disputará a reeleição. Sua administração tem sido mal avaliada devido a problemas nas finanças do Estado, de segurança pública e desgaste com os professores, que não recebem o piso nacional.
Desgastes
Também há desgaste nas administrações petistas de Jaques Wagner, na Bahia, que não pode mais disputar a reeleição, e Agnelo Queiroz, que está no primeiro mandato no governo do Distrito Federal, e tem uma reeleição difícil. Nesses lugares, a preocupação maior é montar um palanque para Dilma, mesmo que não haja chance real de vitória local para o partido.
O palanque para a presidenciável petista dá sinais de problemas no Rio de Janeiro. Peemedebistas e petistas fluminenses têm antecipado a corrida eleitoral de 2014 e travado embates.
Para os aliados peemedebistas, as críticas do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) à administração de Sérgio Cabral vão respingar no próprio PT. A maior parte dos investimentos é feita em parceria com o governo da presidente Dilma.
"A população não quer a ruptura da parceria entre PMDB e PT no estado. A aliança deu certo e tirou o Rio de Janeiro da estagnação", analisa o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani. Para ele, quando Lindbergh critica ações de Cabral, ele ataca o ativo dos dois governos, o estadual e o federal da presidente Dilma. Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", o ex-presidente Lula defendeu a candidatura de Lindbergh, mas ressaltou a importância da aliança com o PMDB.
Como disse o ex-presidente Lula "a prioridade em todos os estados é reeleger Dilma". Ou seja, o partido dará continuidade à estratégia adotada após 2006, na campanha da reeleição de Lula no rastro do escândalo do mensalão: priorizar a disputa presidencial e deixar a estadual em segundo plano. Isso pode acontecer, por exemplo, no Ceará, onde o PT deve apoiar o senador Eunício Oliveira (PMDB) para governador; e no Amazonas, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB).
Mas para não ficar totalmente dependente dos mesmos aliados no plano nacional, no Congresso, o PT investirá na campanha de deputados e senadores, para dar uma sustentação mais folgada a um eventual segundo mandato de Dilma.
Para diminuir a dependência dos aliados, o objetivo é manter-se como a maior bancada na Câmara e tornar-se a maior no Senado. Se for bem-sucedido, o PT poderia, então, ter a presidência das duas Casas a partir de 2015.
Além de passar em revista os cenários estaduais, em reunião na última segunda-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, e os presidentes regionais do partido discutiram a conjuntura nacional. Apesar de estarem preocupados com a movimentação do candidato virtual do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e com a simpatia do empresariado por ele, a avaliação no PT é que ele não deverá ter palanques fortes nos principais colégios eleitorais: São Paulo, Belo Horizonte e Rio. Quanto ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), os petistas apostam que, considerando o cenário atual, ele não conseguirá unir seu partido, o que, na avaliação deles, prejudicará sua campanha. E se deleitam com as "cotoveladas" trocadas entre o mineiro e o ex-governador de São Paulo José Serra.
Já a análise feita sobre a ex-senadora Marina Silva é que seu projeto de criar um novo partido, o Rede, está pouco consolidado. Na avaliação petista, sua organização é "muito frágil". Eles atribuem o segundo lugar de Marina nas pesquisas ao recall das eleições de 2010, quando ela teve cerca de 20 milhões de votos.
A ex-senadora aparece com 16% em pesquisa Datafolha divulgada no último dia 23. Nos estados, há preocupação no PT com governos comandados atualmente pelo partido.
É o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul, onde o governador Tarso Genro (PT) disputará a reeleição. Sua administração tem sido mal avaliada devido a problemas nas finanças do Estado, de segurança pública e desgaste com os professores, que não recebem o piso nacional.
Desgastes
Também há desgaste nas administrações petistas de Jaques Wagner, na Bahia, que não pode mais disputar a reeleição, e Agnelo Queiroz, que está no primeiro mandato no governo do Distrito Federal, e tem uma reeleição difícil. Nesses lugares, a preocupação maior é montar um palanque para Dilma, mesmo que não haja chance real de vitória local para o partido.
O palanque para a presidenciável petista dá sinais de problemas no Rio de Janeiro. Peemedebistas e petistas fluminenses têm antecipado a corrida eleitoral de 2014 e travado embates.
Para os aliados peemedebistas, as críticas do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) à administração de Sérgio Cabral vão respingar no próprio PT. A maior parte dos investimentos é feita em parceria com o governo da presidente Dilma.
"A população não quer a ruptura da parceria entre PMDB e PT no estado. A aliança deu certo e tirou o Rio de Janeiro da estagnação", analisa o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani. Para ele, quando Lindbergh critica ações de Cabral, ele ataca o ativo dos dois governos, o estadual e o federal da presidente Dilma. Em entrevista ao jornal "Valor Econômico", o ex-presidente Lula defendeu a candidatura de Lindbergh, mas ressaltou a importância da aliança com o PMDB.
Diário do Nordeste
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