sábado, 3 de maio de 2014

Anvisa: Restaurantes e bares do RN são os melhores em teste

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou ontem os primeiros resultados do projeto piloto para classificação de bares e restaurantes e lanchonetes, voltado para a Copa do Mundo: dos 2.172 estabelecimentos que participaram da iniciativa, 15,6% tiveram um número de falhas considerado superior ao padrão mínimo desejado. Dos municípios que vão sediar a Copa, 11 participaram da iniciativa - Salvador não está na avaliação. Outras 13 cidades que não estão na Copa também participam do trabalho. Aeroportos próximos das cidades sede foram incluídos na avaliação.

Wilson Dias/ABr
Denise Resende e Ivo Kukaresky anunciam selo e notas para alimentação nas cidades da Copa

No Rio Grande do Norte foram categorizados 130 estabelecimentos em Natal, Parnamirim, São Miguel do Gostoso e Tibau do Sul e nove no aeroporto Augusto Severo. Em Natal, 11,53% foram obtiveram nota A; 39,20% com a nota B e 24,61% incluídos na categoria C. Segundo a Anvisa, o resultado da análise de 24,61% ainda estão pendentes. Em comparação com seus vizinhos mais próximos Natal tem a maior proporção de bares, restaurantes e lanchonetes na categoria A. Em Fortaleza são 8% no Recife 2,6%, em Porto Alegre 3,9%. No Aeroporto Augusto Severo, 33,3% dos estabelecimento que comercializam alimentos e bebidas foram classificados no item A e o restante no B. 

“A intenção do primeiro projeto não foi punir, mas preparar os estabelecimentos para o atendimento adequado. Nosso objetivo não é fechar os estabelecimentos, mas torná-los adequados à segurança”, afirmou o diretor da Anvisa, Ivo Bucaresky.

O projeto é inspirado em iniciativas desenvolvidas em outras cidades do mundo, como Nova York e Los Angeles. Ele classifica os estabelecimentos em 3 categorias. A nota A é a melhor pontuação, concedida para estabelecimentos que cometeram poucas falhas. Na primeira etapa, 20% foram enquadrados nessa categoria. A nota B, é dada para aqueles que cometem mais falhas que os do grupo A, mas com impacto não relevante para saúde. Essa classificação foi dada para 40% dos estabelecimentos como B. No grupo C, com menor pontuação, mas com qualidade considerada ainda aceitável, foram incluídos 24,4% dos estabelecimentos. “Todos restaurantes, lanchonetes e bares com classificações A, B ou C são seguros para o consumidor, com condição sanitária satisfatória. Os restaurantes que não atingiram o padrão mínimo, chamados “pendentes”, foram autuados e obrigados a reparar as falhas. 

Uma nova rodada de avaliação está em curso. Os resultados devem sair em maio. Somente então estabelecimentos que participaram do programa serão obrigados a afixar os selos. “Esperamos encontrar nessa segunda etapa um resultado melhor. É esse o nosso objetivo”, afirmou a gerente do grupo de alimentação, Denise Resende.

Os selos serão mantidos até agosto, quando o projeto passa para uma fase de avaliação. A fiscalização é feita pelas vigilâncias locais, com base num roteiro de 54 itens. Dois pontos considerados essenciais para classificação A é a existência de um responsável técnico e de boas práticas para preparação dos alimentos. “Não fizemos uma avaliação de bom, ótimo. Tentamos fugir dessa classificação, porque todos com selo estão dentro dos níveis aceitáveis”, afirmou a gerente. Na segunda etapa, quando os selos forem concedidos, estarão disponíveis no site da Anvisa a lista com classificação dos estabelecimentos que integram o projeto piloto. Até lá, as informações se referem à média encontrada pelas cidades.

“Para o projeto piloto se transformar numa iniciativa perene, serão analisados vários fatores. Incluindo a adesão dos municípios e vigilâncias sanitárias”, disse Bucaresky. Ele afirmou que a classificação não está relacionada ao preço, mas apenas a condições sanitárias. Entre os itens avaliados estão a roupa usada pelas pessoas que preparam os alimentos, a temperatura em que são mantidos os ingredientes. A cidade de Salvador não quis participar da iniciativa. O aeroporto de Manaus é o único do roteiro da Copa que não participou da avaliação. “Ele estava em reforma, por isso não integrou a iniciativa”, disse Denise.

TRIBUNA DO NORTE

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