RICARDO GALLO
ENVIADO ESPECIAL A CILACAP (INDONÉSIA)
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, morreu com um único tiro, disparado contra o peito, segundo Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral, órgão responsável por levar adiante as execuções na Indonésia.
O brasileiro foi amarrado a uma estaca, assim como os outros cinco condenados à morte executados. Ele foi o segundo dos seis a morrer. O fuzilamento foi às 0h30 e a morte foi declarada dez minutos depois, por um médico presente.
Ana Coimbra, vice-cônsul da Embaixada do Brasil em Jacarta, estava na ilha de Nusakambangan na hora das execuções, mas não as testemunhou. Ela estava distante e ouviu um único tiro no momento em que Marco foi morto.
Foi Ana quem reconheceu o corpo de Marco depois da execução.
Neste domingo (18), a tia materna do brasileiro, a advogada Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, providenciou a cremação do sobrinho. Ela disse que Marco estava "sereno". As cinzas serão levadas para o Brasil ainda nesta semana.
Maria de Lourdes foi a última a estar com o brasileiro antes de ele morrer, na tarde de sábado (17). "Ele me abraçava e chorava. O que me conforta foi que cheguei [à Indonesia] a tempo de vê-lo."
Folha de São Paulo
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