terça-feira, 22 de setembro de 2015

Energia: EPE descarta risco de falta de energia no Nordeste

Brasília (ABr) - Mesmo com a seca “terrível” que ocorre no Nordeste, não há o menor risco de faltar energia na região, afirmou ontem o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ao participar de conferência Internacional de energia, promovida pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham), Tolmasquim destacou que o aumento da oferta de energia eólica e térmica na região tem sido fundamental para que o Nordeste ultrapasse o período de seca sem temer a falta de energia.

"Estamos passando por uma seca terrível em decorrência do [fenômeno] El Niño, mas o risco de faltar energia é zero, justamente por causa das térmicas que estão entrando em operação no Nordeste e também por conta das [usinas] eólica. Teve dia em que a eólica (energia proveniente dos ventos] chegou a gerar mais que a hídrica e a térmica, que juntas estão gerando quase dois terços da energia consumida na região”, disse o presidente da EPE.

Segundo Tolmasquim, mesmo estando enfrentando uma seca severa há cerca de três anos, o Nordeste continua imune aos riscos de desabastecimento, em parte por causa da entrada das térmicas e das eólicas no Sistema Interligado Nacional (SIN) e também em decorrência da grande flexibilidade desse sistema, que permite o deslocamento de energia entre os diversos subsistemas do país.

“Juntas, as eólicas e as térmicas vêm garantindo a oferta de energia na região, mas também é preciso destacar a flexibilidade do sistema que nos permite esse intercâmbio [de energia]. Há possibilidade de que El Niño estenda esta seca até o próximo ano, mas nesse período vai entrar uma grande quantidade de usinas eólicas. No ano que vem, deveremos gerar 11 mil megawatts (MW), o que será fundamental para dar mais segurança ao Nordeste”, ressaltou.

O presidente da EPE negou que o governo tenha determina muito cedo o desligamento de algumas das térmicas que abasteciam a regão. “São térmicas muito caras e, com o sistema interligado e mais chuva no Sudeste, temos podido mandar mais energia para a região. E com o Sistema Interliga, o Sudeste, onde houve muita chuva agora, está mandando energia para lá.”

Tribuna do Norte

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