Da redação - Com informações do Folha de S. Paulo
O Ministério Público do Distrito Federal apontou que o ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) demonstrou desinteresse em colaborar com as investigações acerca de um roubo de R$ 90 mil, dele próprio, em 2013.
Segundo a polícia, Henrique adotou uma "postura de se furtar ao esclarecimento da verdade".
O roubo aconteceu em junho de 2013, quando Wellington Costa, assessor do então deputado, contou à polícia que dois homens roubaram dele R$ 100 mil em espécie, dos quais R$ 90 mil pertenceriam a Henrique.
O assessor disse que sacou o dinheiro do deputado em um banco onde Henrique teria feito um empréstimo consignado. Disse ter entregue o dinheiro a Henrique que, três dias depois, o chamou em casa e pediu que levasse R$ 90 mil para outro deputado, João Maia (PR), sem dizer o motivo.
O roubo ocorreu no caminho para a Câmara.
De acordo com a polícia, durante as investigações, foi pedido para Henrique e João Maia que depusessem. Henrique respondeu, em carta, que no momento do roubo estava "em voo para Natal" e que desconhecia fatos relevantes a acrescentar. Questionado de novo, disse "que em sua manifestação anterior já apresentou todos os esclarecimentos que possui".
João Maia relatou que vendeu um apartamento a Henrique, mas que não sabia que receberia os R$ 90 mil naquela data.
Para o Ministério Público, a não colaboração do ministro, provoca dúvidas "quanto à origem e destinação do dinheiro subtraído".
A polícia pediu, então, que o processo fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal, onde Henrique Alves tem foro privilegiado. Segundo a polícia, ele adotou "conduta que traz suspeitas acerca da veracidade de tudo o que foi apresentado".
Entretanto, o ministro do STF Teori Zavascki arquivou o processo em agosto após recomendação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Do Mossoró Hoje
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