Atualmente, 16 municípios permanecem em situação de colapso.
Da Redação com G1 RN
Açude chega a 60% da capacidade e Caern retoma abastecimento em Currais Novos, RN
As últimas chuvas na região Seridó potiguar trouxeram alívio para o sertanejo e água para açude Dourado, que abastece a cidade de Currais Novos, na região Seridó do estado. O reservatório, que passou dois anos completamente seco em razão da estiagem prolongada – a pior dos últimos 100 anos no estado – acumula agora aproximadamente 6 milhões de metros cúbicos de água. A capacidade é para 10 milhões de metros cúbicos. Com o bom volume, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) retomou o abastecimento e a cidade saiu da condição de colapso.
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Segundo a Caern, o abastecimento foi retomado na noite dessa sexta-feira (15), “após vários dias de trabalho intenso no recondicionamento e testes com equipamentos eletromecânicos e análises para controle da qualidade da água. Somado ao Dourado, também entrou em operação a Adutora de Engate Rápido construída pelo Departamento Nacional de Obras de Combate as Secas (Dnocs)”, acrescentou.
A Caern ressalta que, apesar de restabelecido o abastecimento, a população não pode descuidar do uso racional da água.
Atualmente, 16 cidades permanecem em colapso. São elas: Acari; Almino Afonso; Antônio Martins; Francisco Dantas; Frutuoso Gomes; Jardim do Seridó; João Dias; Luís Gomes; Marcelino Vieira; Martins; Paraná; Pilões; Rafael Fernandes; São Miguel; Serrinha dos Pintos e Tenente Ananias. Em outras 74, a água ainda chega pelas torneiras, mas a Caern se viu obrigada a implantar um revezamento para forçar os moradores a racionarem o uso da pouca água disponível nos reservatórios.
Seca histórica
O Rio Grande do Norte enfrenta a pior seca dos últimos 100 anos. Dos 167 municípios, 153 estão em estado de emergência por causa da estiagem prolongada.
Chuvas abaixo do normal
Apesar da últimas chuvas, as previsões para o sertanejo ainda não são otimistas. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), as precipitações na região Nordeste devem ficar abaixo do normal até o final de maio. Essa foi a conclusão da II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste Brasileiro, evento realizado no final de fevereiro em Natal.
Gilmar Bristot, meteorologista da Emparn, disse ao G1 que as chuvas de janeiro - que foram acima do previsto - criaram uma expectativa positiva para o homem do campo, mas a previsão é mesmo de chuvas abaixo do normal. "Nós temos expectativa de chuva, mas abaixo do normal", afirmou.
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