Ele também prometeu criar 1.800 vagas no sistema penitenciário do estado.
Da Redação com G1 RN
O Governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, afirmou que não está satisfeito com a segurança pública do estado. Em entrevista ao RNTV 1ª Edição desta sexta-feira (29), o governador listou avanços alcançados durante sua gestão, mas reconheceu que o os resultados ainda não são os esperados. Confira a entrevista na íntegra acima.
"O governador está satisfeito com a segurança pública, com os resultados? Eu vou dizer que não estou satisfeito. A população está satisfeita? Eu reconheço que não está satisfeita, porque a segurança sempre será uma pauta permanente. Agora, tudo que está ao alcance de um governador, do governo do estado, nós fizemos", declarou Robinson.
A segurança pública tem sido uma das principais cobranças da população com o governador. Além da sensação de insegurança relatada por vítimas da violência no estado, as fugas no sistema prisional reforçam as cobranças. Apenas este ano, 185 presos já fugiram de unidades prisionais do estado. Sobre o tema, Robinson afirmou que o governo irá criar, com recursos próprios, 1.800 vagas no sistema penitenciário.
Ainda de acordo com Robinson, o governo alcançou alguns avanços durante o pouco mais de um ano de gestão. "Além das promoções (de policiais), nosso governo paga diárias operacionais para que a polícia esteja na rua. Ainda demos um aumento de 18% para o policial militar e para o civil, criamos a divisão de homicídios (DHPP), que era uma promessa de campanha minha, as delegacias especializadas e implantamos o Ronda do Quarteirão, na região Oeste e na região de Mãe Luíza", afirmou.
Medidas anunciadas
Durante a entrevista, Robinson também anunciou medidas que serão adotadas pelo governo para conter a criminalidade. O governador anunciou em primeira mão a promoção de 1.127 policiais. Segundo o governador, a valorização das categorias ligadas a segurança pública é uma das soluções para conter a criminalidade.
Ainda em relação aos policiais, outra medida anunciada é o lançamento de um concurso com vagas para as polícias Civil e Militar. Segundo Robinson, o concurso será lançado ainda no primeiro semestre de 2016 e deve nomear entre 3 e 4 mil policiais ate 2017.
Com relação ao sistema prisional, o governador admitiu que as fugas de presos tem sido um dos fatores que aumentam a violência e a sensação de insegurança. "A grande motivação desse padrão que prejudica a segurança pública foi o sistema prisional que o meu governo herdou com déficit de 4 mil vagas", disse.
Para solucionar o problema, o governador também anunciou em primeira mão a construção de 1.800 novas vagas no sistema prisional. De acordo com Robinson, já foi iniciado em regime de urgência a criação de um fundo monetário utilizando verbas exclusivamente estaduais para a construção das vagas.
Investigação das fugas
Ainda de acordo com Robinson, o governo está investigando todas as fugas registradas no sistema prisional, inclusive, setores da inteligência estariam apurando o possível envolvimento de profissionais da segurança pública nas fugas.
"Por que essas fugas? o que causaram estas fugas? foi somente a superlotação dos presídios? foi a fragilidade da construção? houve participação? houve colaboração de dentro para fora? essa pergunta eu fiz a minha equipe de governo. Essa pergunta é uma cobrança do Governador", disse
"Esperamos logo prestar contas a população e punir, expulsar do serviço público, aqueles que participaram, colaboraram para tirar da cadeia um bandido, um assassino", completou.
Secretaria de segurança
Outro tema tratado na entrevista foram os boatos da saída da secretária Kalina Leite da Secretaria de Segurança. Textos repassados nas redes sociais durante a última semana davam como certa a saída da delegada do cargo de secretária, no entanto, segundo o governador, a saída da secretária ainda não está confirmada.
"A secretária Kalina tem conversado bastante comigo. Ela tem sido muito clara com o governador na questão de que se for preciso uma mudança, para ela não é nenhum problema. Ela é uma delegada de carreira, uma pessoa abnegada que tem a preocupação de ajudar para que o governo dê certo", explicou Robinson.
"Estamos discutindo. Poderá acontecer essa mudança, mas não está definido", concluiu.
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