domingo, 17 de abril de 2016

Placar de alemão: 7 a 1 a favor do impeachment de Dilma na bancada do Rio Grande do Norte

Apenas Zenaide Maia não declara apoio ao pedido de afastamento da presidente. Os demais parlamentares são favoráveis.

Da Redação com nominuto.com
por Diógenes Dantas, De Brasília
Nilson Bastian/Agência Câmara
A votação do impeachment está marcada para as 14h deste domingo. O resultado deve ser anunciado por volta das 22h.
Em clima de grande tensão, o plenário da Câmara dos Deputados decidirá hoje (17) a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A bancada do Rio Grande do Norte é majoritariamente favorável ao afastamento da petista. 

Dos sete deputados federais, apenas uma parlamentar, Zenaide Maia (PR), se mantém no grupo dos que não declararam o voto. 

Antônio Jácome (PTN), Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), Felipe Maia (DEM), Rafael Motta (PSB), Rogério Marinho (PSDB) e Walter Alves (PMDB) manifestaram apoio ao impeachment.

Ausência

A informação que circulava ontem (16) era que Zenaide Maia se ausentará da sessão histórica. A deputada tem um irmão, ex-deputado João Maia (PR), numa das vice-presidências do Banco do Brasil.

Zenaide compôs a Comissão Especial que analisou o pedido de impeachment, mas não chegou a votar o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento de Dilma por 38 a 27 votos. Ela renunciou sob a justificativa de problemas de saúde na família.

Debandada

Pelo menos dois deputados federais do RN decidiram votar a favor do impeachment na semana decisiva, marcada pela debandada de partidos da base governista.

O primeiro deles foi Beto Rosado Segundo. O PP (Partido Progressista) havia declarado apoio a Dilma, mas a bancada na Câmara achou melhor apostar num eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
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“A bancada do PP já tinha uma tendência a votar a favor do impeachment. O comando da legenda entendeu esse posicionamento”, garantiu Rosado, tido como indeciso até terça-feira (12).

O caso mais rumoroso foi o do deputado Fábio Faria (PSD). Filho do governador Robinson Faria (PSD), Fábio anunciou apoio ao impeachment no mesmo dia que o partido se entendeu com Temer. Resultado: o PT do Rio Grande do Norte entregou todos os cargos que tinha na gestão de Robinson faria, rompendo a aliança política existente desde a campanha eleitoral de 2014.

Ontem, no vale-tudo em busca de apoios, a força-tarefa montada por Lula cobrava do governador Robinson Faria a reciprocidade pelo apoio dado na última campanha. O líder petista chegou a gravar um vídeo de apoio a Robinson considerado fundamental na vitória do governador contra Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Na visão do Palácio do Planalto, chegou a hora de Robinson pagar a dívida, forçando o filho a votar com Dilma neste domingo. A probabilidade que isso ocorra é zero.
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A Câmara dos Deputados segue numa maratona de discursos dos parlamentares desde a manhã da sexta-feira (15), numa das sessões mais longas da casa legislativa dedicada ao mesmo tema. 

A votação do impeachment está marcada para as 14h deste domingo. O resultado deve ser anunciado por volta das 22h.

Esta é a segunda votação de um pedido de impeachment desde a redemocratização do país. O primeiro e único aprovado foi o do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. 

Passados 24 anos, chegou a vez de a presidente Dilma Vana Rousseff passar pela mesma agonia.

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