Dono do grupo Riachuelo ainda não assumiu ser candidato ao Planalto, mas admite concorrer, informa Lauro Jardim em O Globo.
Da redação com Nominuto
Por Diógenes Dantas
O empresário Flávio Rocha, ceo do grupo Riachuelo, é o nome do Movimento Brasil Livre (MBL) para concorrer à Presidência da República. A informação é destaque na coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo neste domingo (28). “Mas Rocha é candidato?”, indaga o próprio Jardim. “Assumidamente, ainda não. Mas aos mais próximos admite concorrer e já começa a montar uma equipe para tal”, responde o colunista.
Lauro Jardim ainda registra que o mote de uma hipotética candidatura de Flávio Rocha será “liberal na economia, conservador nos costumes”.
Recentemente, em Nova York, o empresário lançou o manifesto “Brasil 200 anos” onde criticou os governos petistas, defendeu o livre mercado e convocou o setor produtivo a participar de forma mais ativa da política nacional. A iniciativa ganhou o endosso de outros 12 donos de grandes empresas e de entidades representantes da indústria.
O “Brasil 200 anos” não repercutiu apenas no meio empresarial. Pelo menos dois pré-candidatos à Presidência da República no campo das esquerdas - Manuela D’ávila (PcdoB) e Guilherme Boulos (MTST) - reagiram às propostas liberais de Rocha. Boulos, que pode disputar o Planalto pelo PSOL, está sendo processado pelo empresário.
No ano passado, Flávio Rocha reagiu às ações movidas pelo Ministério Público do Trabalho contra o grupo Riachuelo no Rio Grande do Norte. Uma das ações pede uma indenização de R$ 37,6 milhões por suposto descumprimento de obrigações trabalhistas. O episódio ganhou grande repercussão nacional.
Primeira tentativa
Flávio Rocha já tentou ser presidente da República. Foi em 1994. O empresário tinha 36 anos e exercia o segundo mandato de deputado federal pelo Partido Liberal (PL), que depois virou Partido da República (PR).
Naquele ano, a candidatura de Flávio foi questionada por emissão de bônus eleitorais [recibos entregues aos doadores da campanha]. O comitê do candidato foi acusado de vender esses recibos com deságio, uma forma de disfarçar o caixa 2. Defensor da bandeira do “imposto único”, Flávio desistiu da disputa.
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