domingo, 25 de março de 2018

Chuvas: 133 municípios do RN estão ‘secos’ ou ‘muito secos’

Da redação
Com informações da TRIBUNA DO NORTE

As informações técnicas disponíveis aos principais serviços de meteorologia do Nordeste continuam indicando um inverno com chuvas dentro da média para a região este ano. Esses parâmetros indicam que o veranico neste mês de março chega ao fim no próximo final de semana, mas a Emparn admite a possibilidade da previsão não se concretizar e estarmos diante de mais um ano de seca no Rio Grande do Norte. O serviço de meteorologia já expôs ao governo, esta semana, que os gestores já devem considerar essa possibilidade.
Até a primeira semana de março, quando havia registro de chuvas em quase todas as regiões do Estado, valia a previsão feita por especialistas de vários institutos do país quanto ao inverno entre normal e acima do normal entre os meses de março até maio para o semiárido. Uma oscilação, segundo a Emparn, continua atuando em quase todo o Nordeste e ocasionando a falta de chuvas mesmo quando todos os outros parâmetros indicam que deveria estar chovendo na região.

“Vamos nos reunir na próxima terça-feira, em Recife-PE, para tentar entender o que está havendo. Mas a condição, hoje, é semelhante ao que ocorreu nos últimos cinco anos”, disse Gilmar Bristot, que coordena o serviço de meteorologia da Emparn.
Segundo ele, os modelos mostram que o veranico iniciado com a chegada do mês de março deve chegar ao fim já no neste sábado (24). Mas admite que o otimismo já não o mesmo de quando chegaram à conclusão que 2018 iria interromper uma sequência de seis anos de seca severa para o semiárido do Nordeste. “Pode ter um mês de abril com muita chuva? Pode, mas elas eram esperadas mesmo em março, quando historicamente é o mais chuvoso da quadra”.

Para Bristot, se não chover entre 200 milímetros e 250 milímetros o próximo mês, haverá a certeza de mais uma seca. A condição de estiagem em março, segundo ele, é a mesma para todos os estados do Nordeste, com exceção de algumas poucas áreas onde há registro de precipitações nessas duas últimas semanas.

O momento para o agricultor deve ser de cautela, alerta o meteorologista, que orienta a prioridade a culturas como sorgo e feijão em função dos ciclos de colheita mais curtos. As duas próximas semanas serão decisivas para quem plantou aproveitando as chuvas de fevereiro e contava com um mês de março tradicionalmente bom. A lavoura não se desenvolveu aos mais de 20 dias estiagem.

O efeito prático da estiagem é que apenas três municípios potiguares registraram chuvas dentro da normalidade. Até sexta-feira (23), 113 cidades estavam ‘muito secas’ e outras 20, ‘secas’. Este mês, o Governo publicou um novo decreto — o décimo consecutivo — de situação de emergência pela seca em 153 municípios. Uma das maiores preocupações é quanto à situação dos reservatórios que, de um total de 47 açudes e barragens, 32 estão secos ou em volume morto.

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