Com informações da TRIBUNA DO NORTE
No Rio Grande do Norte 89,7% dos municípios - o que representa 150 cidades – apresentam índice de infestação predial classificado como de alerta ou risco. A maior parte dos municípios, 104, está na iminência de entrar em estado epidêmico. Os dados são referentes à semana epidemiológica nº 8, com informações coletadas até 24 de fevereiro pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Dos 1.347 casos de dengue notificados este ano, 173 foram confirmados pela Sesap, o que representa 12,84% do total de casos. Em 2017, no mesmo período, o número de casos suspeitos era 1.334, sendo 219 confirmados.
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A Sesap teme um epidemia, de acordo com a subcoordenadora de vigilância epidemiológica, Maria Lima. “Apesar da queda do número de casos em comparação com anos anteriores, temos no RN quase 90% dos municípios com alto índice de infestação predial, o que necessita um olhar mais atento dos municípios ao controle vetorial”, explicou Maria Lima.
Atuando de forma preventiva, a Sesap atendeu às solicitações para realização de operações com carro fumacê em oito municípios do estado: Campo Redondo, Jucurutu, Natal, São Gonçalo do Amarante, Mossoró, Currais Novos, Passa e Fica e Bodó. Outros dez enviaram solicitações e aguardam resposta da Secretaria de Saúde do Estado. “Enviamos uma equipe ao local para avaliar se é realmente necessário”, esclareceu. De acordo com as normas do Ministério da Saúde, a utilização do carro fumacê só é indicada em localidades onde existe alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti e transmissão das arboviroses com casos notificados e confirmados.
Os casos suspeitos de chikungunya tiveram redução em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2018 foram notificados 270 casos suspeitos e confirmados 16 para chikungunya. Já em 2017, no mesmo período, foram notificados 2.273 casos suspeitos e confirmados 836 casos.
No caso do vírus da zika, igualmente transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também houve uma redução. Em 2018 foram notificados 90 casos suspeitos de zika, com 13 confirmados. Em 2017, o número de casos suspeitos era de 105 casos, sendo 15 confirmados. Este ano, segundo a subcoordenadora de vigilância epidemiológica, Maria Lima, não houve nenhum registro de casos de microcefalia causados pelo vírus da zika.
Os óbitos notificados por dengue, zika e chikungunya são na maioria evitáveis tornando-se um indicador sensível da qualidade da assistência ao paciente. No ano de 2017 foram notificados 49 óbitos por arboviroses (10 confirmados para dengue, 2 para chikungunya, 1 para zika, 26 em investigação e 10 descartados para arboviroses). No ano de 2018 ainda não há óbitos confirmados por arboviroses, apenas 5 óbitos notificados como suspeitos, em processo de investigação. Este dado representa uma redução de 89,80% das notificações de mortes por arboviroses.
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