sexta-feira, 30 de março de 2018

Leilão: Petrobras compra campos marítimos na Bacia Potiguar

Da redação
Com informações da TRIBUNA DO NORTE

A Petrobras, Wintershall Holding e a Shell Brasil arremataram 13 blocos marítimos na Bacia Potiguar em leilão realizado nesta quinta-feira, 29, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O bônus de assinatura total arrecadado com a concessão desses blocos foi de R$ 138,8 milhões. O investimento mínimo previsto para a bacia é de cerca de R$ 207,6 milhões. 
Seguindo tendência anunciada em 2017, Petrobras focará investimentos em produção marítima
Seguindo tendência anunciada em 2017, Petrobras focará investimentos em produção marítima 

Em nota divulgada pela ANP logo após o certame, detalha-se que na 15ª Rodada de Licitações da Agência, os 13 blocos marítimos ofertados na Bacia Potiguar totalizam 9.604,20 quilômetros quadrados. A porção marítima da Bacia Potiguar é classificada como bacia de nova fronteira, ou seja, possui áreas geologicamente pouco conhecidas e barreiras tecnológicas ou do conhecimento a serem vencidas. 

A Bacia Potiguar é tradicional produtora de petróleo, tanto em sua porção emersa quanto marítima, com predominância de geração de óleos. Em janeiro de 2018, a Bacia Potiguar produziu 44.145 barris de petróleo por dia e 971 mil metros cúbicos diários de gás natural. 

A Petrobras levou sozinha o bloco POT-M-7632, do setor SPOT-AP1, na bacia de Potiguar. A estatal pagou R$ 5,1 milhões pelo bloco, localizado em águas profundas. Esta foi a primeira oferta feita pela Petrobrás, que já havia informado que seria seletiva nas aquisições da 15ª rodada.

No geral, o grande destaque do leilão foram os blocos na bacia de Campos, responsável por R$ 7,5 bilhões do total arrecadado. Os nove blocos do setor SC-AP5, na Bacia de Campos, foram vendidos por R$ 7,5 bilhões, com ágio de 680%. Com isso, até o momento, o bônus arrecadado totaliza R$ 7,99 bilhões.

Os investimentos previstos no setor SC-AP5 são de R$ 862 milhões. O consórcio Exxon, QPI e Petrobras pagou o maior bônus de assinatura do dia - R$ 2,9 bilhões pelo bloco C-M-789 e R$ 330 milhões pelo bloco C-M-753. O consórcio Petrobras/Statoil/Exxon Mobil arrematou os blocos C-M- 657, por R$ 2,1 bilhões, e C-M-709, por R$ 1,5 bilhão.

BP e Statoil arremataram o bloco C-M-755 e C-M-793, por R$ 43 milhões cada um. O consórcio Shell/Petrogal/Chevron levou, em consórcio, o C-M-791, por R$ 551 milhões. Os blocos C-M-821 e C-M-823 foram arrematados por Repsol, Winter e Chevron, por R$ 51,7 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente. A área SCE-AP, na Bacia do Ceará, não recebeu ofertas 

Três dos oito blocos ofertados no setor SS-AUP 1, da bacia de Santos, foram arrematados. No total, a arrecadação com as áreas atingiu R$ 346 milhões, ágio de 235% em relação ao valor inicial. As ofertas preveem investimentos da ordem de R$ 83 milhões.

A fase em terra do certame não obteve ofertas. 

No total, serão ofertados 68 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Paranaíba e do Paraná. Ao todo, 17 empresas se inscreveram para fazer ofertas no leilão.

O leilão foi impactado pela retirada dos mais valiosos blocos que seriam ofertados, S-M-534 e S-M-645, na bacia de Santos, próximo ao prospecto Saturno, localizado no valorizado polígono do pré-sal. Apenas com o bônus mínimo de assinatura, os dois blocos iriam arrecadar cerca de R$ 3,5 bilhões.

Campos arrematados
Os seis blocos do setor SPOT-AP 2, na Bacia Potiguar, foram vendidos por R$ 133 milhões, com ágio de 424%. 

Petrobras e Shell arremataram dois blocos: 
POT-M-952 (R$ 20,1 milhões) 
POT-M-859 (R$ 13,4 milhões)

Wintershall:
POT-M-857 (R$ 57 milhões); POT-M-863 e POT-M-865 (R$ 16 milhões)

Shell:
POT-M-948 (R$ 1,9 milhão). O setor SPOT-AR1, em águas rasas na mesma Bacia, não registrou ofertas.

Fonte: Agência Nacional do Petróleo

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