Segundo a Secretaria de Segurança Pública, estado registrou 2.246 mortes no ano passado – o que representa uma taxa de 64 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas.
Por Anderson Barbosa e Rafael Barbosa, G1 RN
Com uma taxa de 64 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, o Rio Grande do Norte foi o estado brasileiro mais violento de 2017 quando considerado o tamanho da população. O levantamento foi realizado em todo o país pelo G1 – por meio do Monitor da Violência – que usou dados oficiais repassados diretamente pelas secretarias de segurança pública de cada estado ou por meio da Lei de Acesso à Informação.
A projeção populacional do IBGE para o RN em 2017 foi de aproximadamente 3,5 milhões de habitantes.
No RN, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), 2.246 pessoas foram vítimas de crimes violentos no ano passado, sendo: 1.862 homicídios, 83 latrocínios e 301 casos de lesões corporais que resultaram em morte.
Fora essas três situações, também foram registrados ano passado 139 casos de 'Ação Típica de Estado', que é quando o indivíduo morre em razão de alguma ação de segurança pública, como a troca de tiros com policiais, por exemplo.
Mortes violentas registradas no RN em 2017
Fonte: Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed)
O segundo estado mais violento em 2017, ainda de acordo com o levantamento do G1,
foi o Acre, com total de 530 mortes registradas e taxa de 63,9 mortes para cada grupo
de 100 mil habitantes.
foi o Acre, com total de 530 mortes registradas e taxa de 63,9 mortes para cada grupo
de 100 mil habitantes.
O terceiro é Pernambuco, com 5.427 mortes em 21017, o que representa taxa de 57,3
mortes por cada grupo de 100 mil pessoas.
mortes por cada grupo de 100 mil pessoas.
Estados com maiores taxas de crimes violentos do país
Fonte: Levantamento feito pelo G1
Outros dados
O Rio Grande do Norte apresentou um crescimento de 72,9% nos casos de latrocínio
(roubo seguido de morte) quando comparados os últimos dois anos. O número de
latrocínios no estado pulou de 48 (em 2016) para 83 (em 2017).
(roubo seguido de morte) quando comparados os últimos dois anos. O número de
latrocínios no estado pulou de 48 (em 2016) para 83 (em 2017).
O estado também teve a pior taxa de lesão corporal seguida de morte do país. Em 2017,
foram 301 casos, e em 2016, tinham sido 118 – o que dá um crescimento de 155% em
apenas um ano.
foram 301 casos, e em 2016, tinham sido 118 – o que dá um crescimento de 155% em
apenas um ano.
Em termos de crescimento, o RN foi o 5º com maior evolução na taxa de mortes violentas.
Símbolo
Um dos casos de violência mais emblemáticos de 2017 foi o da cabeleireira Micaela
Ferreira Avelino, de 26 anos, dona de uma barbearia no shopping Ayrton Senna,
no bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal. A jovem
morreu ao levar um tiro na cabeça durante um confronto entre seguranças de uma
empresa de transporte de valores e assaltantes que tentaram roubar o carro-forte
que foi reabastecer os caixas eletrônicos do shopping.
Ferreira Avelino, de 26 anos, dona de uma barbearia no shopping Ayrton Senna,
no bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal. A jovem
morreu ao levar um tiro na cabeça durante um confronto entre seguranças de uma
empresa de transporte de valores e assaltantes que tentaram roubar o carro-forte
que foi reabastecer os caixas eletrônicos do shopping.
Mica, como era mais conhecida, havia mudado o salão para o shopping fazia menos
de um mês, já em razão de um assalto sofrido onde funcionava seu antigo negócio.
Em uma rede social, a jovem chegou a reclamar da falta de segurança da cidade.
de um mês, já em razão de um assalto sofrido onde funcionava seu antigo negócio.
Em uma rede social, a jovem chegou a reclamar da falta de segurança da cidade.
“A gente ainda está aguardando a justiça ser feita”, conta Sibele Ferreira, mãe de Micaela,
em recente entrevista ao G1 (veja foto).
em recente entrevista ao G1 (veja foto).
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