sábado, 17 de novembro de 2018

Economia: PIB do Rio Grande do Norte encolhe 4% em 2016, aponta IBGE


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 16, a pesquisa Contas Regionais relativas ao ano de 2016. O documento aponta que a economia brasileira encolheu 3,3%, resultado negativo que se disseminou em praticamente todas as unidades da federação. No Rio Grande do Norte, a queda do PIB foi de 4,0% (superior à média nacional). Apenas Roraima, com 0,2%, teve alta no Produto Interno Bruto (PIB).
Atividade industrial, comercial e de serviços no RN em 2016 recuou acima da média nacional
Atividade industrial, comercial e de serviços no RN em 2016 recuou acima da média nacional

Segundo o IBGE, os resultados de Roraima e do Distrito Federal, que teve estabilidade do PIB em 2016, podem ser explicados pelo peso do setor governamental, que cresceu 3,3% e 0,6%, respectivamente. A pesquisa mostra que a retração econômica que o país enfrentou naquele ano foi mais acentuada no Amazonas, onde o PIB caiu 6,8%, no Piauí e em Mato Grosso, ambos com queda de 6,3%.

Principal fatia do PIB, a participação paulista na economia brasileira cresceu em meio à crise. Em 2015 e 2016, anos de recessão, o PIB de São Paulo passou a responder por 32,5% da economia brasileira, crescendo 0,5 ponto percentual em relação a 2014. Nos anos anteriores, o estado vinha perdendo sua participação no PIB total, que chegou a ser de 34,9% em 2002.

Em 2016, a economia paulista ficou entre a dos 12 estados que tiveram resultados melhores do que a média nacional. O grupo inclui a alta de 0,2% de Roraima, o resultado estável do Distrito Federal, e quedas que vão de -1,4% a -3,1%. No grupo, estão Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, que ocupam a 3ª, a 4ª e a 5ª posição no ranking dos PIBs estaduais. Os cinco estados com maior PIB concentram 64,4% da economia brasileira.

As outras 15 unidades da federação tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional. No grupo, está o Rio de Janeiro, segundo maior PIB do Brasil, com uma queda de 4,4% em apenas um ano. O Rio de Janeiro responde por 10,2% da economia nacional, enquanto Minas Gerais contribui com 8,7% do PIB, e Rio Grande do Sul e Paraná somam 6,5% e 6,4%, respectivamente. O Rio Grande do Norte contribui para o PIB nacional com 1%. 

Entre 2002 e 2016, Tocantins foi estado brasileiro cuja economia mais cresceu, dobrando de tamanho. O estado da Região Norte avançou em um ritmo médio anual de 5,2%, somando 103,4% no período. Mato Grosso cresceu 89,1%; Roraima, 79,5%; Acre, 76,8%; e Piauí, 72,7%. 

Entre todos os estados do país, o Rio de Janeiro foi o que menos cresceu no período, com uma alta média de 1,6% ao ano, somando 25,3% entre 2002 e 2016.

Quando avaliada a renda per capita, que é o PIB dividido pelo número de habitantes, o Distrito Federal tem o maior resultado do país, superando a média nacional em mais de duas vezes. O PIB per capita no DF é de R$ 79.099,77, enquanto o do Brasil é de R$ 30.411,30. No Rio Grande do Norte, é de R$ 17.168,60. Quase metade da média nacional, que é de R$ 30.411,30. A menor renda per capita do Brasil é a do Maranhão, que tem R$ 12.264,28, valor bem próximo ao do Piauí, que soma R$ 12.890,25.

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