Da redação
Por Tribuna do Norte
O Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Industrial (Proadi) será expandido para micro e pequenas empresas no Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra (PT) nesta sexta-feira (25), em reunião com parte do empresariado potiguar do ramo de confecções, na Governadoria. A proposta de modernização do programa deve beneficiar diretamente o segmento, que hoje conta com 124 oficinas operando no Estado. O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Callado, afirma que as propostas de “modernização” do Proadi devem ser apresentadas nos próximos 45 dias, quando o Governo concluir os levantamentos financeiros necessários para elaborar a proposta.
Durante reunião foi anunciado que o foco da modernização do Proadi será as micro e pequenas empresas. Proposta depende de levantamento financeiro
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A reunião, convocada pelo Governo, contou com grande parte da equipe da nova administração, e tinha como objetivo tratar dos rumos do programa Pró-Sertão, criado em 2013 para fomentar o setor de confecções no interior do Estado, com foco na região do Seridó. De parte do Governo, estiveram presentes, além da própria governadora e do vice-governador Antenor Roberto, representantes da secretaria de Tributação, Desenvolvimento Econômico e administração.
“Na época da campanha, circularam áudios falsos que diziam que, se eu fosse eleita, o Pró-Sertão seria encerrado. Quero dissipar os boatos e garantir que o Pró-Sertão não apenas vai continuar, mas será expandido”, garantiu a Governadora às dezenas de empresários do ramo no auditório da Governadoria.
Além dos empresários, estiveram presentes também representantes da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Sebrae, os deputados Francisco do PT (PT), Kléber Rodrigues (Avante) e representantes da Guararapes – principal empresa-âncora que atua no Estado, única responsável pelos pedidos feitos à 61 das 124 oficinas de costura que atuam no Estado. Entre os representantes, o clima era, sobretudo, de otimismo em relação aos rumos do Programa.
“O pior da crise econômica já passou, estamos chegando em um novo momento, de retomada do desenvolvimento. É notável o esforço do Governo reunir o empresariado, ainda em seu primeiro mês de gestão, para discutir um programa da importância do Pró-Sertão”, disse o diretor industrial da Guararapes, Jairo Amorim que, além de elogiar o Governo, pediu mais segurança jurídica para os empresários atuarem no Estado.
“Não precisamos de dinheiro. O Pró-Sertão não precisa de um centavo do Governo do Rio Grande do Norte, até porque entendemos a situação financeira do Estado. Precisamos de apoio e segurança jurídica para garantir a vinda de mais empresas”, completa.
Em seu discurso, a Governadora garantiu que o Estado vai atuar como mediador “sempre que necessário” para o Programa, e que “pretende garantir a segurança jurídica para que mais empregos sejam gerados na região. Temos o desafio de interiorizar os nossos empregos, trazer mais empresas e, o que é ainda mais bonito e mais desafiador: ver as empresas potiguares criando suas marcas próprias”, disse a governadora.
Além da promessa de ampliação e modernização do Proadi, a governadora garantiu reuniões trimestrais entre representantes das oficinas de costura e membros do Governo – a proposta inicial dos empresários era de reuniões semestrais.
Pro-sertão
Criado em 2013, o Pró-Sertão é um programa Estadual que une o Governo, Banco do Nordeste, SEBRAE, Senai e Guararapes. A ideia era fomentar a atividade das confecções no interior do Estado, com foco na região do Seridó, que já possuía uma tradição no ramo desde o século 19 e à época vinha sofrendo os efeitos de uma seca cujos efeitos permanecem até 2019.
Por ser uma atividade que requer pouca água, diferente da agricultura e da pecuária, a confecção passou a ser vista como uma alternativa de geração de emprego e renda para o interior. Atualmente, estima-se que 5 mil pessoas estejam empregadas nas 124 oficinas em atividade no Estado. Inicialmente, a meta do Pró-Sertão era de ter, até 2018, 300 oficinas de costura operando no Rio Grande do Norte. A crise econômica, no entanto, desacelerou os investimentos no Estado, e o Programa sofreu uma estagnação nos últimos anos.
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