domingo, 30 de março de 2014

Apesar das chuvas, indústria salineira do RN não se recupera

Arquivo
Produção de sal não foi afetada pelas chuvas registradas pela Emparn
EDILSON DAMASCENO
Da Re­da­ção
edildamasceno@gmail.com

Choveu no dia de São José, 19 de março. Prenúncio de inverno bom para o homem do campo. E se for bom, melhora não somente a situação do trabalhador rural. Além da agricultura, outra atividade econômica potiguar sairia lucrando: a indústria salineira. Ocorre que o ditado popular rural não se confirmou até agora e o resultado é que ainda não se tem notícias positivas sobre a produção agrícola. Tampouco para o sal. Os últimos dois anos foram danosos à produção de sal no Rio Grande do Norte. Não na qualidade do produto. E sim no excesso. É que quando se tem muita produção, o preço cai. É algo inevitável. Até porque faz parte do próprio mercado.

As chuvas registradas neste ano, pensava-se, poderiam amenizar a situação da indústria salineira. Mas o que se registrou não foi o suficiente para aquecer o mercado. A tonelada, que antes era vendida a R$ 150,00, sai ao preço de R$ 50,00. Isso nas salinas que trabalham com maior teor de qualidade. Nos pequenos cercos, onde a produção é artesanal, a tonelada é vendida à metade do valor cobrado na produção profissional. A diferença é que o sal artesanal não tem tanta qualidade.

Segundo informações constantes do endereço eletrônico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), choveu pouco nos municípios produtores de sal. Saliente-se que a produção ocorre fora do período chuvoso, mas como não se tem inverno por dois anos consecutivos, houve produção excedente e tal fator acendeu a luz vermelha da indústria salineira.

Voltando às chuvas, nos municípios produtores e que contam com sistema de medição de chuva, nenhum apresentou precipitação chuvosa fora do normal. Pelo contrário. Em Mossoró, por exemplo, e onde existem algumas salinas, choveu 187,3 milímetros de janeiro até a sexta-feira passada (informação da Emparn). Em Areia Branca, apenas 85,8mm, contra 75,3mm em Grossos. Não existem dados relacionados aos municípios de Macau e Guamaré, que também produzem sal. Em Caraúbas, onde o sal é refinado, choveu 287,3 milímetros até agora.

Pequenos
Municípios como Grossos e Guamaré ainda contam com a produção artesanal de sal. São os chamados córregos, onde pequenos cercos salineiros passam de pai para filho e movimentam a economia local. Ocorre que a produção excedente fez com que alguns deixassem a atividade. O lucro tem sido pequeno e eles são obrigados, pela lei da oferta e da procura, a vender o produto ao preço bem abaixo da média praticada pelos produtores de médio porte.

De fato

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