Edinaldo Moreno/Da redação
Por volta das 11h30, cerca de 200 detentos do Pavilhão 3, lados A e B, da Penitenciária Agrícola Mário Negócio iniciaram uma rebelião. Os presos começaram o motim logo após o almoço batendo nas grades e queimando colchões e alguns presos fizeram outros detentos de refém. Ao todo, 18 celas foram destruídas.
Foto: Marcos Garcia
Quatro presos ficaram feridos e foram salvos após a entrada dos agentes que notaram o motim, segundo o vice-diretor da unidade prisional, José Fernandes. Aparentemente, José Fernandes disse que eles não tinham nenhuma reivindicação, mas acredita-se que a ordem tenha partido do foco das rebeliões no Rio Grande do Norte.
Foto: Marcos Garcia
Ele disse que o movimento foi controlado por volta das 12h30 quando eles conseguiram contornar a situação. “Os agentes foram recebidos com paus, pedras. Eles quebraram tudo lá dentro. Queimaram colchões. O cenário neste pavilhão é de destruição”.
José Fernandes não descarta que uma rebelião ocorre na Cadeia Pública Manoel Onofre Lopes nas próximas horas. “Este é um articulado e que a gente já estava esperando desde domingo. Estamos atentos a outros motins que possam vir a ocorrer aqui na Mário Negócio, como também existe a possibilidade deste movimento vir a acontecer na Cadeia Pública”.
Foto: Marcos Garcia
O vice-diretor da unidade ressaltou que em 14 anos de serviço essa foi a primeira vez que viu uma rebelião deste porte na penitenciária. “Digo a vocês (jornalistas) que em 14 anos essa foi a primeira vez que vi uma rebelião dessas. O cenário é de terror e destruição”.
Uma lista de apenados que lideraram o motim já foi feita pela direção e eles serão remanejados, sem ainda não divulgar o local que eles vão por motivo de segurança.
Presos relatam momentos de terror
Foto: Marcos Garcia
Os quatro presos que ficaram feridos nesta rebelião falaram com a imprensa logo após a situação na Mário Negócio ter sido contornada. Um deles, disse que eles correram risco de morte e só não morreram porque os agentes entraram no pavilhão e salvaram a vida deles.
Eles relataram também que existe a presença de detentos de duas facções criminosas que comandam os presídios potiguares o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime.
O detento ferido de nome Maximiliano de Lima Silva, conhecido como Marrom, disse que um preso chamado Gago Anchieta é um dos líderes do movimento e ainda explicou a situação dentro do pavilhão. “Os presos começaram a rebelião após receber uma ligação. O cabeça é o Gago Anchieta. A gente ouviu que eles queriam a retirada de Dinorá lá de Alcaçuz. Se os policiais não entra a gente tinha morrido”.
Marrom ainda enfatizou que a cadeia é tranquila e que não faz parte de nenhuma facção, mas que o clima ficou muito tenso durante a rebelião.
Fonte: De Fato
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