Operação prendeu cinco pessoas por fraudes no Ipern.
Do G1 RN
A Justiça do Rio Grande do Norte decretou nesta sexta-feira (17) a prisão preventiva de três suspeitos de participação em um esquema de desvio de recursos e fraudes do Instituto da Previdência dos Servidores Estaduais (Ipern). Tiveram a prisão temporária convertida em preventiva - de 30 dias - o delegado Olavo Dantas Medeiros, uma advogada e uma terceira suspeita.
Ao argumentar na decisão, o juiz Raimundo Carlyle, da 4ª Vara Criminal de Natal, falou sobre o risco do delegado Olavo Dantas Medeiros "cometer novos delitos" e "representar riscos" ao andamento do processo. "Há nos autos elementos seguros de que pairam ameaças às pessoas que eventualmente colaborem com esta investigação", diz a decisão.
Os três suspeitos foram presos na operação 'Prata da Morte', realizada pela Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária (Deicot) em 8 de julho deste ano. Além deles, foram detidas outras duas pessoas.
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De acordo com as investigações, conduzidas pelos delegados Laerte Jardim e Aldo Ribeiro, uma das fraudes foi comprovada e motivou os mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos. A pensão é de um ex-auditor fiscal do Estado, falecido em 2010. O filho do ex-funcionário público foi um dos detidos como suspeito pelo crime.
A Polícia Civil acredita que o esquema seja bem maior e investiga indícios de fraudes em pelo menos 30 pensões por morte.
Segundo a polícia, a advogada presa na operação teria sido responsável pela realização de um inventário administrativo no 5º Cartório do Alecrim e pelo levantamento do dinheiro que estava depositado na conta do falecido, através de um alvará judicial obtido de forma ilegal.
Os documentos foram fraudados para que os suspeitos ficassem com o dinheiro da pensão. Além da pensão, os suspeitos teriam recebido R$ 240 mil que estava depositado na conta do auditor. O esquema já teria desviado cerca de R$ 600 mil, conforme repassado pela Polícia Civil.
Os indícios de novas fraudes foram encontrados nos documentos apreendidos nesta quarta nas casas dos suspeitos. Todos foram ouvidos na Deicot, mas a Polícia Civil não revelou o conteúdo dos depoimentos.
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