Solicitação do Governo do RN junto ao Banco do Brasil tem levantado questionamento sobre obras beneficiadas.
Eduardo Maia/AL
Kelps defende que o dinheiro seja investido para concluir obras paralisadas. Mineiro diz que não vê problemas em discutir a destinação da verba.
O destino do empréstimo solicitado pelo Governo do Rio Grande do Norte junto ao Banco do Brasil tem motivado opiniões divergentes entre os deputados estaduais quanto ao plano de aplicação. No início deste ano, a Assembleia Legislativa (AL) aprovou o pedido do Governo para requisitar R$ 850 milhões para investir em obras de infraestrutura, mas até não há qualquer previsão da liberação desses recursos por parte do Governo Federal.
Embora ainda não exista expectativa para recebimento do empréstimo, o deputado estadual Kelps Lima (SDD) critica a taxa de juros negociada e acredita que alguns pontos do plano de aplicação precisão ser melhor analisados. “Há determinadas obras que são inviáveis com a taxa de juros atual. Esse empréstimo já tinha juros altos. Você tem que avaliar muito o que vai gastar, com obras que compensem. Tão logo o empréstimo seja consolidado, mas diante da falta de perspectiva de redução de juros no Brasil, precisa ser revisto”, afirmou.
Kelps defende que o dinheiro seja investido para concluir obras paralisadas. “Você pega por exemplo uma obra já paralisada, 70% pronta, é interessante que o governo conclua essa obra. Concluir obras e entrar com contrapartidas de obras federais. É um investimento maior que deve ser feito. Eu acho que o governo deve rever o plano de aplicação. Isso se o Banco Central autorizar o empréstimo”, disse.
O líder do Governo na AL, deputado Fernando Mineiro (PT), explica que o plano de aplicação foi bastante debatido entre os parlamentares. “O plano de aplicação foi uma pactuação com o conjunto de deputados que além das obras de infraestruturas que tem no Estado, os deputados apresentaram um conjunto de obras em suas regiões”.Entretanto, o parlamentar disse não ver problemas em discutir novamente a destinação para a verba aguardada. “Primeiro temos que ver o andamento do projeto e fazer o debate. Por parte do governo não teria nenhuma dificuldade em fazer a reavaliação”, explicou Mineiro.
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