A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira, 16, o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobrás Renato Duque, em sua casa, no Rio. A prisão faz parte da décima fase da Operação Lava Jato, que investiga desvios na estatal.
É a segunda vez que Duque é preso e ele será encaminhado ainda nesta segunda para a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). Nesta manhã, policiais fazem buscas em sua residência. Para os investigadores, ele é o elo do PT com o esquema de desvios na petroleira. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), teriam sido captados na gestão de Duque cerca de R$ 650 milhões em propinas sobre contratos fechados de 2004 a 2012 com as seis empreiteiras que teriam integrado cartel para assumir negócios bilionários na estatal.
Batizada de "Que país é esse", a décima fase da Lava Jato vai cumprir dois mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. O nome da etapa faz referência a uma frase dita por Duque ao ser preso pela primeira vez, em novembro do passado. De acordo com a PF, mesmo após deflagrada a Lava Jato, em março do ano passado, o ex-diretor transferiu dinheiro da Suíça para Estados Unidos e Hong Kong.
Outro alvo desta fase é o doleiro Adir Assad, considerado um dos maiores do País, e já investigado em outras operações da PF. Foi preso ainda Lucélio Góes, filho de Mário Frederico de Mendonça Góes - acusado de ser um dos 11 operadores de propina na Diretoria de Serviços e carregador de malas de dinheiro para o ex-diretor. Mário Góes foi preso pela Lava Jato e na última sexta-feira, foi indiciado por corrupção ativa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Os mandados serão cumpridos no Rio e em São Paulo. Os demais presos são apontados como laranjas do esquema. De acordo com informações da PF, os alvos desta etapa são investigados por seis crimes: associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro.
Fonte: ESTADÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário