O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (26) a recondução do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para mais dois anos à frente da Procuradoria Geral. Janot recebeu 59 votos favoráveis e 12 contrários. Um senador se absteve da votação. Com a aprovação, resta apenas a publicação da nomeação do procurador no Diário Oficial da União para que ele tome posse.
Candidato mais votado na lista tríplice do Ministério Público Federal, Janot foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para permanecer por mais dois anos à frente da PGR. Para que o procurador fosse reconduzido, ele precisava de, no mínimo, 41 votos favoráveis, dos 81 possíveis.
Antes de ter o nome aprovado pelo plenário, Janot passou por sabatina de mais de dez horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na comissão, ele recebeu 26 votos favoráveis e apenas um contrário.
No comando do Ministério Público Federal, Janot é responsável por conduzir as investigações sobre políticos na Operação Lava Jato. Na última semana, ele apresentou ao Supremo Tribunal Federal de políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. As primeiras denúncias foram contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e contra o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) – este, inclusive, participou da sabatina de Janot na CCJ.
Após a sabatina, Janot não deu declarações à imprensa. Questionado sobre se estava cansado, o procurador-geral apenas olhou para os jornalistas e continuou andando. Ele também evitou falar sobre relatos de alguns senadores que disseram ter ouvido Fernando Collor utilizar palavrões para se referir a Janot durante a sabatina, conforme o Blog do Matheus Leitão.
LEIA MAIS
De Fato
Nenhum comentário:
Postar um comentário