quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cruzeiro mete 3 a 0 no Estudiantes e garante melhor campanha da 1ª fase

Vitória em La Plata encerra participação espetacular na classificação para o mata-mata da Taça Libertadores. Em seis jogos, cinco vitórias e um empate

por Fernando Martins Y Miguel



Thiago Ribeiro comemora primeiro gol (Foto: AP)

Apesar de enfrentar uma boa equipe, fora de casa, diante de uma fanática torcida e num gramado impraticável, o Cruzeiro ratificou a melhor campanha da fase de classificação da Taça Libertadores. Na noite desta quarta-feira, no estádio Ciudad de La Plata, a Raposa derrotou o Estudiantes por 3 a 0, gols de Thiago Ribeiro, Wallyson e Gilberto, e assegurou a vantagem de fazer sempre em casa o segundo jogo a partir das oitavas de final.

Mais efetivo no ataque, a equipe mineira aproveitou as oportunidades nas vezes em que chegou diante do gol de Orión, e o resultado coroou uma campanha quase impecável - não fosse o empate sem gols com o Tolima, fora de casa. O Cruzeiro chegou aos 16 pontos e não pode mais ser alcançada por nenhum time.

Rivalidade concreta

A rivalidade entre Cruzeiro e Estudiantes, que em 2009 decidiram a Libertadores, esquentou. Ao chegar ao estádio, sob vaias, a torcida e os jogadores escutaram várias provocações a respeito do título conquistado pelos argentinos. Em contrapartida, os celestes mostravam a mão aberta, em referência à goleada por 5 a 0, na estreia das equipes na atual competição, em Sete Lagoas.

Os jogadores do Cruzeiro entraram em campo com uma faixa de apoio ao meia Montillo, que não participou da partida, por conta da cirurgia de coração do filho mais novo, Santino. Os dizeres "Fé em Deus, amigo Montillo. Fuerza Santino!” emocionaram a todos no estádio.
Enquanto o Cruzeiro não teve Montillo, o Estudiantes sofreu com o desfalque de Verón, poupado pelo treinador.

Ataque efetivo

O confronto começou quente. Logo no início, Pereyra e Barrientos levaram muito perigo ao gol de Fábio, que teve que se desdobrar com duas defesas difíceis. Depois, foi a vez de Nuñez agitar a torcida, em um chute cruzado que passou perto da trave direita. O gramado, em péssimas condições por conta de três shows da banda irlandesa U2, atrapalhou em muito o espetáculo. A cada chute, era comum ver a areia levantar. As placas do gramado não estavam bem fixadas, e ficou difícil dominar a bola.

Mas quando o Estudiantes estava melhor na partida, o atacante Wallyson foi à linha de fundo e cruzou para Thiago Ribeiro abrir o placar, aos dez minutos. Foi o 12º gol do atacante na temporada, artilheiro do time em 2011. O jogo seguiu equilibrado, com o Estudiantes pressionando, porém sem sucesso. E aos 46 minutos, Wallyson, na raça, ganhou de dois defensores, driblou o goleiro Orión e ampliou o placar. Delírio para a torcida cruzeirense presente no estádio. Foi o sexto gol do atacante na Libertadores, artilheiro do time na competição.

Fechando o caixão

A vitória na primeira fase parece ter dado um banho de água fria nos argentinos. Os jogadores do Estudiantes voltaram para o segundo tempo visivelmente desanimados com o resultado. Gastón Fernandez era o mais perigoso do time da casa, mas, sozinho, não conseguiu muita coisa.

O Estudiantes tinha mais posse de bola, mas o Cruzeiro levava muito perigo ao gol de Orión quando chegava ao ataque. A forte chuva que caiu na metade do segundo tempo deixou o gramado pesado e dificultou o trabalho dos dois times. O time mineiro chegou a levar alguns sustos, e não fosse o goleiro Fábio poderia ter a partida complicada.

A Raposa ainda deu um presente à sua torcida. Gilberto, como um meia, driblou dois defensores, o goleiro e mandou para as redes. Um golaço. Na comemoração, o jogador fez o gesto de cowboy, homenageando o companheiro Montillo, que costuma comemorar seus gols no mesmo estilo.

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