sábado, 16 de abril de 2011

Governo pode reduzir imposto se petróleo seguir em alta, diz Mantega

Ministro descartou elevação da gasolina em abril.
Segundo ele, se preciso, Cide pode ser usada para compensar alta.


ECONOMIA




Do G1, com informações da Agência Estado

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (15) que não haverá aumento de gasolina em abril e que, se no futuro houver esta necessidade, caso o petróleo continue subindo, o governo poderá reduzir a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que incide sobre a importação e a comercialização de combustíveis, para neutralizar o efeito da alta da gasolina.

"Se persistir o aumento do petróleo, aí nós vamos estudar o caso. Se você tiver durante muitos meses um preço internacional elevado, é claro que você vai ter que fazer algum ajuste. Aí nós sempre temos a questão da Cide", disse o ministro, que está nos Estados Unidos para participar da reunião do G20.

Segundo Mantega, o governo já lançou mão deste artifício em 2008. Na ocasião, após insistentes altas do petróleo, a Petrobras subiu o preço da gasolina e o governo reduziu a Cide para neutralizar esta elevação."Em 2008, depois de meses consecutivos em que o preço do petróleo se valorizou, aí nós tivemos que deixar, porque, senão, a Petrobras começa a ter prejuízo."

Mantega voltou a deixar claro que deverá prevalecer a decisão do governo no que se refere a um futuro aumento do combustível. Esta semana, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, havia dito que a gasolina iria subir, caso os preços do petróleo se estabilizem perto da cotação atual.

"Olha, eu sou o presidente do Conselho da Petrobras, ministro da Fazenda e acionista majoritário da Petrobras. E sigo orientação direta da presidenta da República. Portanto, posso afirmar que em abril a gasolina não vai subir. Se persistir o aumento do petróleo, aí nós vamos estudar o caso, ver o que fazer", explicou. "Caso isso venha a acontecer, sempre temos a questão da Cide, como nós já fizemos em 2008", relembrou o ministro.

Reservas
Durante entrevista a jornalistas na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washignton, após encontro com ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G-20, Mantega falou ainda sobre reservas internacionais e o fato de o FMI ser contrário ao acúmulo excessivo de reservas. "Nós vamos continuar acumulando reservas. O excessivo acúmulo de reservas é considerado um dos indicadores de desequilíbrio. Eles não estão pensando no Brasil porque as nossas reservas representam 13% do PIB, e sim em outros países onde as reservas representam mais de 50% do PIB", disse.

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