sábado, 30 de abril de 2011

Sangria do Pataxó desabriga 60 famílias

Chuvas também já fizeram a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves exceder sua capacidade máxima

SANGRIA DO AÇÚDE DE PATAXÓ

As chuvas já começaram a causar estragos no Vale do Açu. No município de Ipanguaçu, 60 famílias estão desabrigadas e 13 comunidades estão isoladas devido à "sangria" do açude Pataxó. Ontem, o reservatório estava com uma sangria de 17 centímetros de lâmina d'água, o que preocupa a população ribeirinha. O acumulado de chuvas do ano no município de Ipanguaçu chegou nesta semana a 637,8 milímetros, segundo a Emater. As precipitações também já fizeram a maior barragem do Estado, Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, exceder sua capacidade máxima.

As famílias desalojadas foram transferidas para abrigos temporários da prefeitura e para a residência de parentes e amigos. De acordo com tenente-coronel Acioli, coordenador estadual da Defesa Civil, se as chuvas persistirem e o nível do açude continuar a subir, o número de famílias desabrigadas pode chegar a 320. "Amanhã estarei em Ipanguaçu para verificar a situação in loco. Mas já solicitamos ao Comando do Corpo de Bombeiros o envio de militares para auxiliar a população", disse. Segundo ele, a Defesa Civil também está levando para o município embarcações para auxiliar as famílias que estão nas comunidades que foram isoladas pelas chuvas.

O maior reservatório do Rio Grande do Norte, Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para 2,4 bilhões de litros de água, começou a sangrar na tarde de ontem. Atualmente, a barragem é responsável pelo abastecimento dos municípios de São Rafael, Jucurutu, Assu, Itajá, Ipanguaçu, Pendências e Alto do Rodrigues. Para evitar que outras cheias prejudiquem a economia da região, no que diz respeito a atividades como as das salinas e da fruticultura irrigada, o DNOCS dará início a um processo licitatório no proximo mês, para contratação de uma empresa de consultoria que ajudará na formulação de um plano de estudos para proteção e controle de cheias no Rio Piranhas Açu e na Paraíba.

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