domingo, 24 de abril de 2011

São Paulo despacha a Portuguesa e pegará o Santos na semifinal paulista

Tricolor joga para o gasto e supera a Lusa por 2 a 0 com gols de Ilsinho e Dagoberto. Na defesa, Rogério Ceni brilha com defesas importantes






por Adilson Barros e Carlos Augusto Ferrari

O São Paulo não foi brilhante. Longe disso. Chegou até a passar dificuldades em vários lances. No entanto, fez prevalecer sua melhor qualidade técnica sobre a Portuguesa, neste domingo à tarde, na Arena Barueri. Venceu por 2 a 0 e fará a semifinal do Paulistão com o Santos, no próximo final de semana. A Lusa, na base da vontade, tentou se igualar, mas sofreu demais com a falta de qualidade de seus jogadores de frente e ficou no caminho.

Ilsinho e Dagoberto marcaram os gols do Tricolor. O clássico San-São deverá ser disputado no sábado, pois o Peixe precisa viajar para o México onde, na terça-feira seguinte, enfrentará o América-MEX pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América. Como teve melhor campanha na primeira fase a equipe são-paulina será mandante, jogando no Morumbi.

Lusa endurece, mas Ilsinho resolve
Ilsinho comemora o primeiro gol (Vipcomm)

A Portuguesa bem que tentou endurecer. Começou o jogo bem posicionada, marcando bem no meio de campo e construindo jogadas pelo lado direito, com Henrique combinando lances com Marcos Pimentel. Com a bola no pé, a Lusa tinha três jogadores à frente - Henrique, Jael e Luiz Ricardo - abrindo a zaga são-paulina.

Faltava, porém, maior capricho no passe final e mais movimentação. Embora rondasse a área tricolor, a Portuguesa não conseguia ameaçar Rogério Ceni. O São Paulo, sem coordenação, só chegava em jogadas de bola parada. E foi exatamente assim que criou o primeiro lance de perigo da partida. Aos 25, Dagoberto cobrou falta da esquerda. Miranda subiu e desviou. A bola passou raspando a trave direita. Imediatamente após esse lance, a Lusa conseguiu, enfim, assustar o Rogério Ceni. Marco Antônio chutou de fora. O goleiro bateu roupa, mas se recuperou a tempo de pegar a bola antes que Jael chegasse.

Quando começava a ser abatido por uma certa preguiça, o São Paulo teve uma mãozinha do acaso. Aos 29, Rodrigo Souto, com dores, pediu para sair. O técnico Paulo César Carpegiani escolheu o atacante Henrique para substituir o volante. A mudança tática acordou o Tricolor. Com mais um jogador de frente, o time do Morumbi passou a criar jogadas com toques rápidos, bola no chão. Ilsinho e Marlos, em constante movimentação, abriam a linha de volantes da Lusa. Dagoberto também ajudava a confundir a zaga, com bastante velocidade. Dessa forma, o gol não tardou a sair. Aos 40, Marlos achou Jean entrando sozinho pela direita. O lateral foi à linha de fundo e acertou um belo cruzamento para Ilsinho, que escorou com força, de cabeça, matando o goleiro Weverton.

A Portuguesa não se abateu. Embora já não tivesse mais tanto a bola como nos primeiros minutos, ainda conseguiu dar outro susto nos são-paulinos quando, aos 44, Ferdinando recebeu passe de Marco Antônio e encheu o pé. O tiro, da entrada da área, saiu tão forte que Rogério espalmou para a frente. A zaga tricolor acabou afastando o perigo.

Dagoberto, autor do segundo gol, disputa lance com o zagueiro Domingos (Agência Estado)

O São Paulo voltou meio sonolento para o segundo tempo. Parecia estar satisfeito com o 1 a 0. Passou a priorizar o toque curto, mais de lado, sem aprofundar jogadas. Quase pagou um preço muito caro por seu desinteresse. Aos 29, em cobrança de escanteio da esquerda, Luiz Ricardo subiu no primeiro pau e desviou de cabeça. Rogério Ceni operou um milagre espalmando a bola. O lance acordou a Lusa, que, até então, havia sido um time burocrático, lento, sem um pingo de criatividade.

Após essa defesa do goleiro são-paulino, a Portuguesa começou a acreditar que era possível jogar de igual para igual. Aos 33, Ferdinando entrou pela meia esquerda e chutou rasteiro. Ceni defendeu novamente. No entanto, não dava para a Lusa se igualar à equipe são-paulina.

Quando o Tricolor parecia morto, um contra-ataque mortal. Aos 35, Ilsinho arrancou pela direita. À sua frente, nenhum marcador. Ele foi até a linha de fundo e cruzou para Dagoberto, que entrava sozinho pelo meio. O atacante, de chapa, pé direito, jogou a bola no canto direito. Ela ainda bateu na trave antes de morrer nas redes da Lusa. Estava resolvida a questão.

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