Frankie Marcone/Nominuto.com
Conheça agora as principais propostas dos cinco candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte com relação às obras estruturantes
A implantação do sistema de esgotamento sanitário, drenagem e pavimentação de vias urbanas, construção de estradas estaduais, aterros, infraestrutura hídrica para expandir a oferta de água, investimentos em adutoras, canais, barragens, poços, sistemas de abastecimento, além da instalação de cisternas, portos, aeroportos e linhas férreas. Essas são algumas das principais obras estruturantes de um governo.
E o impacto dessas obras vai além da estruturação do estado, afeta também o setor da construção, considerado um dos que mais gera empregos, refletindo na movimentação da economia do Rio Grande do Norte.
Conheça agora as principais propostas dos cinco candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte com relação às obras estruturantes.
Araken Farias (PSL)
Temos que pensar em obras que desenvolvam o Estado e que garantam verdadeiras melhorias para o povo do Rio Grande do Norte. Quando for governador, vamos criar uma empresa de transporte para criar planos de mobilidade voltados para o transporte em massa com novas vias de acesso, bem como a revitalização da linha férrea do Rio Grande do Norte que foi sucateada ao longo dos últimos anos para garantir não apenas o transporte de passageiros como também uma alternativa ao escoamento da produção local.
Vamos investir em recursos hídricos para ampliar a oferta de água contribuindo para os problemas enfrentados pela estiagem bem como fomentando o desenvolvimento econômico regional. Vamos concluir as obras do complexo viário existente e recuperar as rodovias estaduais.
Vamos investir nos projetos do porto de Natal e do Mangue de forma a ampliar a possibilidade de escoamento da produção local bem como a entrada de produtos, hoje feita nos portos do Ceará e Pernambuco e trazida para o RN de forma terrestre, aumentando os custos dos produtos que por aqui circulam.
Henrique Alves (PMDB)
Projeto estruturante é aquele que tem o poder de provocar impactos no perfil econômico de uma região. Seus efeitos podem impactar a área de um município, de um estado ou até de um país.
Meu governo vai trabalhar para reforçar as cadeias produtivas em atividade no estado e implantar projetos estruturantes que viabilizem a captação de investimentos em novos empreendimentos com capacidade de provocar impacto econômico positivo, gerando mais emprego e renda. Vou priorizar as parcerias com o setor privado, por meio de PPPs, e com a União.
O turismo, nossa vocação natural, receberá forte apoio. Vou reduzir a alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação para potencializar o uso do aeroporto Aluízio Alves; construir um aeródromo para aviões executivos em Pipa; apoiar a atividade náutica para aproveitar o Terminal Marítimo de Passageiros da Ribeira; incentivar a interiorização da atividade turística; promover a divulgação do destino RN no Brasil e no exterior.
A mineração, que já foi tão presente em nossa economia, voltará a florescer com a implantação de um complexo logístico que incluirá a construção de ferrovias e um porto para granéis em Porto do Mangue; esse complexo beneficiará outras atividades, como a fruticultura de exportação; a região de Macau, em cujo perímetro se localizam fontes de calcário, petróleo/gás e sal marinho, será transformada num polo petroquímico, com essa infraestrutura logística.
A ZPE de Macaíba, anexa ao aeroporto e próxima ao Porto de Natal, será outro fator de impacto na economia estadual. A duplicação da BR 364, entre Natal e Mossoró, outra meta de meu governo, também irá gerar desenvolvimento no interior do estado.
Robério Paulino (PSOL)
Nenhum estado se desenvolve sem boas estradas, portos, ferrovias, aeroportos, linhas de
distribuição da produção etc. Parte das estradas do RN está em péssimas condições, o que dificulta a produção e prejudica a população.
A antiga malha da RFFSA foi destruída. A oferta de água para a população e atividades produtivas é insuficiente. Para implementar o plano de desenvolvimento que o PSOL apresenta para o RN, seria necessário construir ou iniciar planos para as seguintes obras: duplicação nos próximos anos das BRs 304, 226 e 406, além da BR 110 entre Mossoró e Areia Branca, que chega ao Terminal Salineiro.
O Porto Ilha precisará ser ampliado, para dar escoamento à crescente produção industrial, agrícola e mineral do estado. Precisaríamos também melhorar a logística e aprofundar o Porto de Natal. Natal precisa imediatamente de uma terceira ponte, possivelmente saindo do Baldo. Propomos iniciar a reconstrução de uma malha ferroviária no estado, em parte sobre os antigos terrenos da Rede Ferroviária Federal.
É preciso inverter a forma de acumulação e abastecimento de água, construindo dezenas de milhares de cisternas-calçadão de até 100 m e de poços artesianos nas propriedades rurais do estado, plantando milhões de árvores no semiárido.
Robinson Faria (PSD)
O dinamismo econômico que esperamos atingir nos anos de 2015-2018 no Rio Grande do Norte exige logística e infraestrutura correspondente. Temos vários ativos logísticos - rodovias, ferrovias, aeroportos, pistas de pouso, heliportos e portos – que, às vezes, concorrem entre si, quando na verdade devem se complementar. É preciso entender a plataforma logística do Estado como um todo e reconhecer sua intermodalidade.
Para tanto o nosso governo está propondo lutar pela implantação de um novo porto de grande escala – Terminal Oceânico do RN; planejar um sistema de tráfego eficiente para a Região Metropolitana da Grande Natal; criar o “Corredor Logístico da Zona Metropolitana da Grande Natal”; consolidar o Plano de Zoneamento Ecológico-Econômico da Costa Branca e do Vale do Açu; lutar pela duplicação das BRs 304 e 406; fortalecer a integração das RNs em um eixo rodoviário que liga a região Seridó ao Litoral; lutar para viabilizar a conexão da rota aérea regional, especialmente entre Natal e Mossoró e; fortalecer e modernizar a Agência Reguladora (Arsep).
No setor rural o nosso governo vai recompor a capacidade de atuação da Emater vez que a empresa está sucateada, dará ênfase ao Projeto Baixo Açu com investimentos na regularização fundiária do projeto e apoiará e assistirá os programas de assentamentos de reforma agrária.
Vamos dar apoio logístico ainda à comercialização local com novas centrais de abastecimento, frigoríficos e mercados atacadistas.
Simone Dutra (PSTU)
Mudar a matriz de transportes, promovendo a matriz ferroviária. Impulsionaremos o Trem Metropolitano, com investimentos na ordem de R$ 2 bilhões. Este projeto aumentaria em 76 km a linha atual e abriria 57 novas estações, transportando 1 milhão de passageiros por dia na Região Metropolitana, integrados a ônibus (que transitariam em corredores exclusivos), combinado com ciclovias. Propomos, também, reativar as linhas de trens que ligam as principais cidades do RN, como Natal-Assu-Mossoró, Natal-Caicó- Pau dos Ferros, Natal-Macau-Areia Branca.
Desenvolvimento do Parque Energético do Estado, combinando a construção de refinarias para agregar valor ao óleo cru extraído no Estado e a estatização dos parques de energia eólica e solar, apostando em energias limpas. Para isso, vamos reestatizar a Cosern (hoje controlada por empresa multinacional espanhola).
Um grande Plano de Obras Públicas para construir hospitais, maternidades, casas populares, escolas, saneamento básico, infraestrutura econômica, barragens e cisternas para diminuir os efeitos da seca, restaurar e rede ferroviária em todo o Estado e muitas outras obras necessárias para o povo do Rio Grande do Norte. Para isto, vamos abrir uma Construtora do Estado, para inibir superfaturamento de obras, como ocorre hoje.
Para garantir este plano é necessário romper com os interesses dos bancos e grandes empresas que mandam no nosso Estado. É preciso um governo dos trabalhadores, sem patrões, apoiado na mobilização dos trabalhadores para vencer a resistência dos ricos, que governam o RN há muito tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário