Portal da Band com Agência Brasil
Geraldo Magela/Agência Senado
O ex-diretor Paulo Roberto Costa durante sessão da CPI mista da Petrobras: direito de permanecer calado.
O ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, compareceu hoje (17) na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga denúncias de irregularidades na companhia. Costa comunicou logo que não responderá às perguntas dos parlamentares, usando seu direito de permanecer calado.
A oposição pediu ao presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que a sessão seja secreta para dar a Costa oportunidade de falar sem prejudicar o acordo de delação premiada feito com a Justiça. A oferta foi feita ao ex-diretor da Petrobras, que disse que, independentemente disso, não responderia às perguntas. Por isso, a sessão continuou aberta e foi acompanhada pelo público.
Delação premiada
Seguindo orientações do Ministério Público para sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras revelou que ao menos 62 políticos estariam envolvidos no esquema de desvio de dinheiro da estatal. Os nomes seriam de 12 senadores, 49 deputados federais e um governador, de ao menos três partidos: PT, PMDB e PP.
Segundo Costa, os políticos receberiam 3% dos contratos da Petrobras durante o período em que ele esteve à frente da diretoria de distribuição da empresa, no período de 2004 a 2012.
A delação premiada é um acordo que o réu faz com a Justiça para que sua pena seja diminuída, em troca de informações que possibilitem o esclarecimento de outros crimes. No caso da Operação Lava Jato, a prioridade dos procuradores era descobrir como os parlamentares recebiam dinheiro e como as empreiteiras faziam pagamentos aos corruptos.
Operação Lava Jato
Costa é acusado de ter ligação com uma organização criminosa que lavava dinheiro em seis estados e no Distrito Federal, desarticulada na Operação Lava Jato. Em um dos processos, Costa e o doleiro Alberto Youssef, além de outros acusados de desvio de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o Ministério Público, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.
Ele também é alvo de outra ação penal, na qual é acusado de obstruir as investigações. No processo, também são réus as duas filhas dele, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros.
Durante as investigações, o Ministério Público da Suíça informou que foram descobertas naquele país contas bancárias no valor de US$ 29 milhões. Segundo o órgão, foram identificadas 12 contas em bancos suíços sob o controle de Costa, suas duas filhas, genros e de um funcionário do doleiro Alberto Yousseff. Deste total, De acordo com o Ministério Público suíço, US$ 23 milhões pertenceriam a Costa.
Fonte: no minuto.com
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