Do Estadão Conteúdo
O número de mortos no terremoto no Nepal que ocorreu neste sábado, por volta das 3h10 (de Brasília), subiu para 718. Do total, 20 pessoas foram mortas na Índia, seis no Tibete e duas em Bangladesh, de acordo com a polícia local. Dois cidadãos chineses morreram na fronteira do Nepal com a China.
O Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) revisou a magnitude do terremoto, de 7,9 para 7,8.
Dezenas de pessoas feridas estavam sendo levadas para o hospital principal no centro de Catmandu. O operário Pushpa Das saiu correndo de casa quando sentiu o primeiro tremor, mas
não conseguiu escapar de um muro que desabou e machucou seu braço.
"Foi muito assustador. A terra estava se movendo inteira. Eu estou esperando por tratamento, mas o hospital está sobrecarregado", disse ele.
O terremoto também sacudiu várias cidades em todo o norte da Índia, e foi sentido em locais distantes como Lahore, no Paquistão, Lhasa, no Tibete, e em Daca, Bangladesh. Após o terremoto, o aeroporto internacional de Catmandu foi fechado.
Vários edifícios desabaram no centro da capital, incluindo templos e minaretes. Entre eles, estava a torre de nove andares conhecida como Dharahara Tower, um dos marcos de Catmandu, construído pelos governantes reais do Nepal e reconhecido pela Unesco como patrimônio histórico.
Os tremores também desencadearam uma avalanche no Monte Everest, que atingiu um acampamento que estava na base da montanha, onde montanhistas estrangeiros e seus guias locais se preparavam para subir. De acordo com testemunhas, oito corpos já foram retirados e ao menos 30 pessoas ficaram feridas, mas ainda existem algumas desaparecidas.
Khadga Sen Oli, gerente da Sociedade Nacional de Tecnologia no Nepal, disse que o terremoto de sábado foi o maior que atingiu o Nepal desde um tremor de magnitude 8,4, em 1934.
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