Em matéria para lá de tendenciosa, sem citar fonte jornalística, o Diário de Pernambuco afirma que apenas Ceará e PE disputam o HUB da TAM. E que o RN seria carta fora do baralho. Diferentemente do que diz o jornal, tudo leva a crer que o RN está, sim, na disputa. E mais: é forte candidato, o que estaria provocando reações de CE e PE, como esta matéria que segue, com o objetivo desesperado de tentar reverter um quadro que seria altamente favorável ao RN. Afinal, diferentemente do que diz o texto abaixo, o RN lidera folgado dois dos três itens que serão levados em consideração na decisão da TAM: localização geográfica e melhor equipamento aeroportuário. Por conta disso, o RN já teria sido escolhido pela TAM, o inverso do que afirma o Diário de Pernambuco. Confira a matéria tendenciosa do DP.
Do Diário de Pernambuco:
A disputa pelo centro de conexões de voos domésticos e internacionais do grupo Latam Airlines, no Nordeste, ressuscitou antigas disputas regionais, como aconteceu na atração da Fábrica da Jeep. O investimento privado que pode gerar até 12 mil empregos diretos e indiretos – decisão que será tomada até o final do ano – brilha não só nos olhos dos trabalhadores, num momento de crise econômica como este, como de governadores que querem terminar o primeiro ano de mandato com uma marca. Três estados são cotados para ganhar o empreendimento – Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte -, mas os holofotes do meio empresarial e das lideranças políticas estão centrados nos dois primeiros. O desafio de colocar o Nordeste no mapa dos voos internacionais está lançado, portanto, ao governador cearense Camilo Santana (PT) e ao pernambucano Paulo Câmara (PSB), ambos à frente das negociações.
Recife e Fortaleza, respectivas capitais de Pernambuco e do Ceará, têm maior potencial (econômico e político) para conquistar o novo equipamento, que demandará investimentos de aproximadamente R$ 4 bilhões. Denominada hub, em inglês, a nova plafatorma giratória de voos permitirá conexões entre o Nordeste e grande parte da América do Sul e Europa, bem como América do Norte, África e Oriente Médio.
Se algum nordestino quiser viajar para a Argentina, por exemplo, não precisará parar em São Paulo e passar horas esperando por outro voo que leve a Buenos Aires.
Formado pela brasileira TAM e a chilena LAN, o grupo Latam disse que a escolha do estado vai pesar, entre alguns pontos, a localização geográfica, a infraestrutura dos aeroportos e o potencial de crescimento dos terminais. É justamente por estes motivos que o Rio Grande do Norte, segundo informações em reserva de empresários e políticos, começou a ser visto como carta fora do baralho, mesmo sem ter saído oficialmente da disputa. A única vantagem do aeroporto de Natal, capital potiguar, é o pátio de aeronaves. Mas o equipamento do estado vizinho fica longe do centro, sendo distante dos pontos turísticos, como Guarulhos, de São Paulo.
Pernambuco tem uma vantagem sobre os adversários, segundo Paulo Câmara. Está no centro do Nordeste, distante 300 quilômetros de três capitais, e seu aeroporto fica no Recife, sendo considerado o melhor do país na premiação promovida pela Secretaria de Aviação Civil. O desafio pernambucano, contudo, é melhorar a infraestrutura da própria capital (especialmente a mobilidade) e conseguir que a Aeronáutica ceda terreno para ampliar o terminal de passageiros, o que depende de decisão política.
Para o governador do Ceará, contudo, a dianteira permanece com Fortaleza. Integrante da base aliada de Dilma Rousseff, Camilo Santana está confiante na articulação política e no potencial econômico da cidade, bem como nos pontos turísticos.
A presidente executiva da TAM, Cláudia Sender, faz, por sua vez, questão de deixar a disputa em aberta, destacando os critérios técnicos para a escolha do estado. Apesar das paixões e torcidas estarem a mil, o grupo afirma que vai levar em consideração as condições mercadológicas, econômicas e de infraestrutura de cada estado.
Fonte: O Jornal de Hoje
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