Elpídio Júnior
Além dos indicadores do RN, o estudo mostra que a participação das capitais na formação do PIB caiu.
A cidade do Natal é a 16ª com maior Produto Interno Bruto (PIB) entre as capitais Brasileiras, de acordo com uma pesquisa divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro e Geográfico (IBGE). Os dados, no entanto, faz referência ao período de 2010 a 2013.
O valor do PIB da capital potiguar é de R$ 19.992.607,00, o que faz a cidade ter o quarto maior produto interno bruto da região Nordeste, atrás apenas de Salvador, Fortaleza, Recife e São Luís, respectivamente.
Apesar do índice de Natal, a pesquisa traz indicadores negativos para o Estado. De acordo com o IBGE, 42,2% dos municípios brasileiros têm grande dependência da Administração Pública, entre eles, há a inclusão do município de Guamaré – que se configura como dependente dos recursos do segmento petrolífero.
Além dos indicadores do Rio Grande do Norte, o estudo mostra que a participação das capitais na formação do PIB caiu no período pesquisado.
A participação das capitais brasileiras na formação do Produto Interno Bruto nacional – a soma das riquezas do país – caiu 1,5 ponto percentual em três anos. De acordo com a publicação PIB dos Municípios 2013, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação das 27 capitais passou de 34,3% em 2010, para 32,8% no ano do levantamento
Os dados confirmam ainda a desigualdade e concentração de renda no país. Um quarto da renda e 13,8% da população brasileira se concentram em apenas sete dos 5.570 municípios do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Campo dos Goytacazes. Juntos, eles respondiam por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país.
Entre os 20 municípios que registram participação no PIB acima de 0,5%, estão ainda as capitais Porto Alegre (1,1%), Salvador (1%), Fortaleza (0,9%), Recife (0,9%) e Goiânia (0,8%), além de oito cidades paulistas: Osasco e Campinas (1% cada); Guarulhos e São Bernardo do Campo (0,9% cada); Barueri (0,8%); Jundiaí (0,7%); São José dos Campos e Sorocaba (0,5% cada).
No extremo oposto desse ranking, 1.388 municípios respondem juntos por aproximadamente 1% do PIB nacional e concentram apenas 3,5% da população. Entre esses municípios, 74,6% estão no Piauí; 60,1% na Paraíba; 53,3% no Rio Grande do Norte; e 52,5% no Tocantins.
Para a coordenadora da pesquisa, Sheila Cristina Zana, os resultados confirmam o Brasil como um país profundamente desigual e com a economia centralizada em poucos estados. “Essa concentração fica evidente quando se constata que os sete municípios com os maiores PIB representavam um quarto da economia do país e mais de 13% da população, um quadro que não apresenta alteração significativas desde 2010”.
O levantamento mostra que o Rio de Janeiro é cidade que mais aumentou a participação no PIB, em relação a 2012, com 0,1 ponto percentual. A elevação é atribuída às grandes obras de infraestrutura na cidade, por ocasião de grandes eventos esportivos internacionais.
Em contrapartida, a participação de São Paulo (SP) teve o maior recuo (0,4 ponto percentual), principalmente devido a variações negativas no setor de serviços financeiros, indústria de transformação e comércio de automóveis – setores importantes na economia da capital.
Sheila Zani, ressaltou o fato de que a cidade de São Paulo, vem perdendo participação no PIB nacional há pelo menos três anos, mas ainda é o município com maior destaque no cenário econômico do país. “O PIB da cidade de São Paulo chega a ser maior que o de sete estados do país, principalmente os do Norte e Nordeste”.
A pesquisa, desenvolvida em parceria com órgãos estaduais de estatísticas, secretarias estaduais de governo e a superintendência da Zona Franca de Manaus mostram ainda que, no ano da pesquisa, o PIB do país cresceu 10,6%, na comparação com o ano anterior, em termos nominais (sem considerar a inflação) e 3% em termos reais, chegando a R$ 5,316 trilhões.
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