terça-feira, 29 de dezembro de 2015

PT pressiona Dilma a acenar para base com plano de defesa do emprego e mais impostos para ricos

DA REDAÇÃO COM FOLHA DE SÃO PAULO
POR PAINEL

Receita Vermelha O PT já definiu um cardápio de medidas com o qual pressionará o governo a promover uma inflexão na política econômica. Além de crédito para micro e pequenas empresas, a legenda cobrará de Dilma Rousseff um plano nacional de defesa do emprego que lhe devolva parte da popularidade perdida para enfrentar o impeachment. Pela prescrição petista, a presidente precisa “botar o pé” nas conessões públicas utilizando o BNDES como patrocinador dos principais projetos.

Cobra por mim Outra sugestão é usar títulos da dívida ativa para financiar obras. A ideia é vender os papéis a bancos privados com desconto no valor. Os bancos, por sua vez, pagariam ao governo à vista e lucrariam ao cobrar essas dívidas de terceiros.

Andar de cima O PT também quer mudar o Imposto de Renda. A tabela teria uma faixa nova, com alíquota de 40%, para os que ganham mais de R$ 100 mil por mês. E isenção para salários até R$ 3.800. A sigla calcula que o ganho seria de R$ 80 bilhões.

Ainda mais acima A cúpula petista defende ainda um imposto semelhante ao IPVA para jatinhos e helicópteros.

Separação O Planalto recebe recados cada vez mais enfáticos de que sua base de apoio irá minguar se Dilma insistir em pautas amargas como a reforma da Previdência.

Em nome do pai Dirigentes do PT alertam que militantes saíram às ruas em nome do projeto do partido e não em defesa de Dilma.

Alô, Abin! “Deve ter alguém da oposição infiltrado no Palácio do Planalto. Tirar direito de trabalhadores e aposentados agora é colocar lenha na fogueira do impeachment”, alerta o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
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Pires na mão Mesmo em pleno recesso, deputados desembarcaram nesta segunda-feira em Brasília para rodar ministérios. Eles tentam redirecionar para seus redutos eleitorais verbas que haviam sido planejadas a outras cidades, mas não foram liberadas.

Foto oficial Governadores de oposição, entre eles Geraldo Alckmin (SP), só aceitaram ir à reunião com o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) nesta segunda após a garantia de que o evento não seria usado como demonstração de apoio ao governo.

Vai entregar? A ala oposicionista do PMDB cobra do deputado Leonardo Quintão (MG) provas de que conseguirá mais votos da bancada mineira. Só assim, dizem, terá apoio efetivo para chegar à liderança da sigla na Câmara.

Ainda não dá Peemedebistas acreditam que os três deputados que assinaram a lista para conduzir Quintão ao posto de líder em dezembro não serão suficientes para barrar a reeleição de Leonardo Picciani (RJ), candidato de Dilma.

Mas pode virar O grupo, ligado ao vice-presidente Michel Temer, afirma, porém, ter um trunfo na manga: a votação será secreta. Mais fácil, portanto, trair sem deixar digitais.

Deu motivo Correligionários usam o caos no sistema de saúde fluminense para fustigar os dilmistas do partido. “Pezão, Paes e Marcelo Castro estão desgastando a imagem do PMDB”, diz um deputado, referindo-se ao governador do Rio, ao prefeito carioca e ao ministro da Saúde.

Pediu errado “A gente avisou que ministério sem dinheiro não compensa”, completa o parlamentar do PMDB.

Faz tudo Após a Operação Catilinárias, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) disse a amigos: “Não sei se Kakay é bom advogado, mas é excelente assessor de imprensa. Meu nome sumiu dos jornais!”, em referência a Antonio Carlos de Almeida Castro, que lidera sua defesa.

Bico calado Edison Lobão foi orientado a ficar o mais quieto possível e deixar que os holofotes se voltassem ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também alvo da operação.

TIROTEIO
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Paes raramente concorda comigo. Já eu nunca concordo com ele. Como nômade que é, quem sabe onde ele estará em 2018?
DE GEDDEL VIEIRA LIMA (PMDB-BA), em resposta a Eduardo Paes (PMDB-RJ), sobre uma eventual candidatura presidencial do atual prefeito em 2018.

CONTRAPONTO

Esse cara sou eu

Dias após Geraldo Alckmin (PSDB-SP) sinalizar apoio a João Dória, pré-candidato à Prefeitura de SP, uma mensagem surgiu num grupo de tucanos no WhatsApp:
— Bem-vindo, prefeito!
Era o deputado federal Bruno Covas, também pré-candidato pela sigla ao pleito municipal. Ao ler a mensagem, Dória comentou prontamente:
— Ô, Bruno, você sempre tão gentil. Muito obrigado.
Covas então respondeu:
— Desculpe-me, João. Na verdade, estou dando boas-vindas ao prefeito Paulo Barbosa, de Santos, que acabei de adicionar ao nosso grupo.

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