quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Imagem negativa: Jornal da Califórnia cita o RN como um dos locais mais mortais do mundo

'Violência em Natal, a capital do estado do Rio Grande do Norte, no nordeste do Brasil, já atingiu níveis astronômicos bem antes de uma rebelião de prisão na Penitenciária Estadual de Alcaçuz'.

Da redação com AGORA RN

O jornal Los Angeles Times, um dos mais influentes do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, publicou reportagem no final de setembro, onde coloca o Rio Grande do Norte como um dos locais mais mortíferos do planeta.
Leia a matéria na íntegra (tradução Google)

Os corpos continuam empilhados no Rio Grande do Norte, um dos lugares mais mortíferos do mundo

22/09/2017

Violência em Natal, a capital do estado do Rio Grande do Norte, no nordeste do Brasil, já atingiu níveis astronômicos bem antes de uma rebelião de prisão na penitenciária estadual de Alcaçuz, com 26 presos mortos. O número de homicídios no estado aumentou 232% entre 2005 e 2015, de acordo com o Atlas de Violência de 2017, compilado pelo Institute of Applied Economic Research. Nos primeiros oito meses de 2017, 1.558 pessoas foram assassinadas, um aumento de 25,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No fim de semana, de 18 a 20 de agosto, 23 pessoas foram vítimas de homicídio.

Marcos Brandão, diretor da unidade de investigação criminal do Rio Grande do Norte (ITEP) desde outubro do ano passado, diz que viu o número de mortes violentas na região aumentar de forma constante desde seus dias como investigador da cena do crime. Houve um aumento particular em 2014, quando o PCC começou a dar a conhecer sua presença, e muitas pessoas que acabam em seu necrotério parecem ter morrido por causa da violência relacionada a gangues.

Ele agora vê uma média de oito mortes violentas por dia – que também incluem mortes por suicídio e outros acidentes violentos-, mas esse número às vezes pode atingir até 14 anos. Não há muitos anos, essa média era de apenas dois.

Por causa do aumento dos homicídios no estado, os nove peritos da instituição lutam para manter o número de cadáveres que recebem em qualquer dia. Brandão diz que está no processo de contratação de mais legistas para trabalhar na ITEP, que é uma divisão da polícia civil, e está atualmente renovando parte de seu espaço de trabalho para abrir espaço para mais unidades de refrigeração. Ele ainda, no entanto, tem que enviar amostras para testes de DNA fora do estado, porque o Rio Grande do Norte ainda não implementou seu próprio laboratório.
Foto: Reprodução/Los Angeles Times

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