domingo, 22 de setembro de 2013

O Rio Grande do Norte ainda espera pelo seu 'super-homem'

César Santos

Quando eleito presidente da Câmara dos Deputados, para ocupar o terceiro maior posto na escala do Poder do País, Henrique Eduardo Alves assumiu, sem cerimônia, a condição de “super-homem” para o Rio Grande do Norte. Os potiguares, cansados da fragilidade de nossos representantes em Brasília (DF), acreditaram que havia chegado o momento de o Elefante voar.

Em qualquer esquina, se ouvia: “Peça a Henrique que ele resolve; o homem tá poderoso.” Fosse qual fosse o problema. Faltou água? Chame Henrique. Está sem segurança? Chame Henrique. Obras de mobilidade? Chame Henrique. Faltou açúcar para o café? Chame Henrique. E se o galo não cantar às 4h da madrugada? Henrique canta.

Exagero à parte, era assim mesmo que a população via o herdeiro de Aluízio Alves.

Hoje, nove meses depois, o presidente da Câmara dos Deputados não conseguiu corresponder à expectativa. Ele não resolveu absolutamente nada. É fato. Agora, tire-se o chapéu para sua habilidade em se autopromover. Veja só: os projetos do Governo do Estado aprovados pelo Governo Federal (vários em execução) foram usados por Henrique como se fossem de sua autoria.

Enumere-se:

1 – aeroporto de São Gonçalo;

2 – barragem de Oiticica;

3 – duplicação da Reta Tabajara (BR-304);

4 – Arena das Dunas (estádio da Copa 2014);

5 – duplicação da BR-304 entre Natal e Mossoró (sequer existe o projeto licitado); entre outros.

Neste último item (pasme!), Henrique chegou a fazer publicidade na televisão, usando o horário gratuito eleitoral do PMDB, com imagens da rodovia como se estivesse duplicada.

Não vai daqui o interesse deliberado de diminuir a importância de Henrique na conquista de alguns desses benefícios para o RN. No entanto, é a mesma importância dos outros 10 membros da bancada federal potiguar, que lutaram juntos, tendo como condutor o Governo do Estado.

Pois bem...

Nem Henrique é o “super-homem” que se propôs a ser, nem pode ser visto como uma completa decepção, afinal ele é poderoso lá em Brasília (DF), principalmente em momento de o PMDB enquadrar a presidente Dilma.

Porém, a sua atuação em prol de seus conterrâneos está muito aquém da esperança depositada nele. No duro, Henrique Alves está devendo uma resposta ao Rio Grande do Norte.

Ainda é tempo. Quem sabe, num lampejo de poder, ele não consiga a construção do novo aeroporto de Mossoró. Estaria aí selada a sua passagem na presidência da Câmara dos Deputados e, quem sabe, apagado de vez o rótulo de "deputado Copa do Mundo", conferido pelo PT potiguar.

Jornal de Fato

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