A ex-governadora e vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), afirmou ontem que o PSB trabalha com a possibilidade de compor uma chapa majoritária na eleição estadual de 2014. Para isso, não fez ressalvas a propensos aliados. O discurso de que as parcerias prioritárias estavam na base de apoio à presidenta Dilma Rousseff (PT) caducou. A explicação para isso é óbvia: o PSB entregou os Ministérios que dispunha no Planalto e agora tem pré-candidato próprio à presidência da República, o presidente nacional da legenda, Eduardo Campos. “Todos nós sabemos que meu nome tem sido colocado e a gente tem que respeitar isso”, disse ela, em entrevista ao Jornal 96 FM, antes de ressaltar que a preferência “das pessoas” é pela candidatura ao Governo.
Alex Régis
Wilma de Faria sinaliza que há possibilidade de concorrer ao Governo do Estado no próximo ano
Wilma de Faria não deixou claro, mas já se sabe que os correligionários peessebistas literalmente pressionam por uma candidatura majoritária. Nas redes sociais as manifestações são quase que diárias. Ela, no entanto, aposta por enquanto em uma candidatura a deputada federal. Ontem, ao ser indagada sobre projeto, deu a pista: “não decidimos nada, mas até para ajudar o partido em tempo de propaganda, fundo partidário, seria interessante uma candidatura de deputada federal”. Isso se não bater na porta da presidente estadual do PSB uma chance na Prefeitura de Natal.
A tese de que Carlos Eduardo (PDT) pode enfrentar o pleito estadual como cabeça de chapa ganha contornos, embora permaneça no campo da especulação. Questionada sobre o assunto, Wilma de Faria, a vice-prefeita foi categórica: “ele tem dito que não e que é candidato a trabalhar por Natal”. Ao elogiar o chefe do executivo da capital, a quem chamou de “inegável bom gestor”, a peessebista ressaltou que, caso seja convocada para comandar município, vai “discutir, debater e chegar a conclusões”.
Enquanto isso, a ex-governadora dialoga periodicamente com correligionários e com aliados. Para ela, a oposição mais enfática ao Governo Rosalba Ciarlini é feita por três legendas e nada mais: PSB, PT e PDT. Mas não fez ressalvas a um diálogo franco e aberto com o PMDB do presidente da Câmara Federal, Henrique Alves, e do ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho. Sobre mágoas, exclamou: “não tenho. E ele [Garibaldi] também não tem de mim porque se for por isso ele já ganhou de mim também”, comentou.
Ela destacou também que a saída do PSB do Governo Dilma Rousseff não inviabiliza uma parceria com o Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Norte. “Tudo isso vai ser analisado, mas é preciso perguntar ao PT também”, despistou. Segundo ela, o apelo para que o peessebistas retornem ao Governo oriunda da situação na qual se encontra o Estado, segundo ela desgastado e em dificuldade. “O Governo tem sido o ponto mais importante, em função do trabalho que nós fizemos, das obras de infraestrutura, dos serviços e programas da área da população que vive na zona rural, como programa de desenvolvimento solidário, programa do leite, etc. Nós tivemos um Governo aprovado”, concluiu.
TRIBUNA DO NORTE
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