Presidiário Ivanilson Lucas foi socorrido em estado grave para o hospital.
Com G1 RN
Um detento foi esfaqueado na manhã deste domingo (29) dentro da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, cidade da região Oeste potiguar. Segundo a direção da unidade, Ivanilson Lucas foi socorrido em estado grave para o Hospital Regional Tarcísio Maia.
Diretora da penitenciária, Aurivaneide Lourenço explicou que o preso chamado Ramon Tiago da Silva confessou o crime. "Ele disse que atentou contra a vida do desafeto por vingança. Havia uma rixa antiga entre os dois. Disse que o Ivanilson, em 2011, teria dado três facadas nele", relatou.
Este ano, 12 presos morreram dentro do sistema penitenciário potiguar. Alguns foram encontrados dependurados pelo pescoço. Outros, esfaqueados em razão de rixas pessoais ou da rivalidade entre facções criminosas.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. No entanto, o sistema permanece em crise. Seis meses depois, o decreto de calamidade foi prorrogado por mais 180 dias e a permanência da Força Nacional também renovada.
Já no dia 17 de março deste ano, o governo do Rio Grande do Norte voltou a renovar o decreto de calamidade no sistema prisional potiguar e mais uma vez pediu socorro à Força Nacional. A renovação da calamidade, por mais seis meses, foi assinada pelo governador Robinson Faria. O documento diz que a renovação tem por objetivo "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".
Fugas
Além das unidades depredadas e da superlotação, as fugas também se tornaram um problema constante para o Estado. Somente este ano, 206 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar. A média é de 11 fugitivos por semana.
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