Carla Albuquerque / Da Redação
A água da barragem de Pau dos Ferros, no Alto Oeste potiguar, está imprópria para o consumo humano. Devido o mau cheiro não esta sendo usada nem para o consumo do dia-a-dia. A seca na região é a pior dos últimos 50 anos. Como consequência o nível do reservatório diminuiu interferindo na economia e no desenvolvimento da cidade e dos municípios vizinhos.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) vem adotando medidas que possibilitam o uso da água existente, como por exemplo, novas formas de tratamento da água. Segundo a assessoria da Caern o desafio do tratamento da água foi assumido pela companhia e os técnicos da empresa têm acompanhado constantemente esta situação.
De acordo com o Engenheiro responsável da Estação de Tratamento de Água de Pau dos Ferros, Anderson Araújo, a população já pode observar uma sensível melhoria na água. Porém, com a continuação da seca é possível que estas mudanças não perdurem. Isto porque na medida em que há uma diminuição do volume do manancial, a água bruta altera as suas características, naturalmente ela chega às Estações de Tratamento com alterações.
“Não significa que a água está necessariamente inadequada para o consumo, mas que precisa de um tratamento diferenciado para se aproximar aos níveis de sabor, cheiro e cor que a população está acostumada a receber. Quanto mais profunda for à captação, mais provável que a água bruta altere as características” explica o Engenheiro.
Ainda segundo o Anderson Araújo, existe um parâmetro máximo de uso do reservatório, ou seja, quando ele chega a 10% de sua capacidade total, por exemplo, chega-se à situação de colapso.
Enquanto a chuva não vem, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e Caern estão viabilizando, junto ao Ministério da Integração Nacional, melhorias emergenciais para a solução do problema, dentre elas está à construção de uma adutora de engate rápido e utilizando carros-pipa para amenizar o problema, transportando água da barragem de Santa Cruz para a população.
Jornal de Fato/ARF
Nenhum comentário:
Postar um comentário