NATHAN FIGUEIREDO
Da Redação
Em meio ao cenário ainda pessimista da área de petróleo e gás no Estado, uma boa notícia.
A petroleira britânica BP informou ontem (15) que realizará aquisições de direitos em cinco concessões em águas profundas operadas pela Petrobras na Bacia Potiguar.
Sem detalhar financiamento de operações, a BP Energy do Brasil irá assumir participação de 30% nos blocos POT-M-663 e POT-M-760 (contrato BM-POT-16) e 40% nos blocos POT-M-665, POT-M-853 e POT-M-855 (contrato BM-POT-17). Juntos, estes blocos cobrem uma área total de 3.837km quadrados, disse a empresa.
Os contratos BM-POT-16 e BM-POT-17 foram concedidos na sétima rodada de licitações, em 2005.
De acordo com a nota enviada à empresa, a BP informou que as áreas estão na costa do Rio Grande do Norte e do Ceará, em águas com profundidade entre 1,4 mil e 2,1 mil metros.
A Petrobras tem fechado esse tipo de parceria para continuar a desenvolver seus blocos em exploração, visto não ter caixa suficiente para cobrir os altos investimentos que tem feito.
Segundo a agência de notícias Reuters, a participação nos cinco blocos soma-se a outras oito que a BP arrematou na 11ª rodada de leilões de áreas de petróleo, organizada pelo governo em maio, e a 14 concessões em cinco bacias brasileiras que a BP possui atualmente.
“Assim que a parceria da bacia Potiguar estiver aprovada e os contratos de concessão da 11ª assinados (agosto), as empresas do grupo BP estarão presentes em 14 estados brasileiros”, disse a petroleira britânica em nota.
Por se tratar de um negócio muito recente, a Redepetro RN, que reúne empresas da cadeia de petróleo no Estado, preferiu não se pronunciar sobre o assunto ainda.
Jales Júnior, secretário executivo da organização, afirmou, contudo, que o setor voltou a contratar após mais de duas mil baixas desde outubro de 2012.
“Muitos contratos foram retomados e o setor está empregando novamente”, disse.
Segundo o secretário, o otimismo tem voltado aos petroleiros potiguares após o leilão realizado em maio pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
18 dos 30 blocos da Bacia Potiguar foram arrematados na ocasião, com previsão de investimentos de R$ 250 milhões.
Embora especialistas da área estimem a retomada plena só daqui a pelo menos dois anos, o setor teve um alento e dá sinais de recuperação.
“O setor estava precisando dessa nova perspectiva concreta de investimentos”, disse ao jornal Tribuna do Norte Francisco Wendell, coordenador acadêmico do curso de Engenharia de Petróleo e Gás da Universidade Potiguar (UnP).
Jornal de Fato
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