Carlos Guerra Júnior/Da Redação
Sofrendo com vários problemas de segurança, o Rio Grande do Norte está correndo o risco de perder um grande investimento do Governo Federal para modernizar os serviços de polícia e estruturar as delegacias de homicídios. O Estado conseguiu, junto ao Governo Federal, o investimento de R$ 40 milhões do Programa Brasil Mais Seguro há quatro meses.
No entanto, o Governo Estadual não vem cumprindo os requisitos estabelecidos e corre risco do Ministério da Justiça cortar o investimento. O Governo Federal exigiu a criação da Divisão de Homicídios na Polícia Civil do RN, que integraliza sete delegacias, bem como realizar o reaparelhamento do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep-RN) e a convocação de novos policiais.
O adjunto da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Clidenor Cosme, admite a possibilidade de perda do programa e afirma que a convocação de novos policiais se esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Por questões políticas, o Ministério da Justiça pode cortar o investimento do Rio Grande do Norte. Existem 150 policiais esperando convocação do último concurso, mas esbarramos na Lei de Responsabilidade Fiscal”, declarou o secretário adjunto.
O investimento do programa prevê modernização de equipamentos de alta tecnologia, para investigação das delegacias de homicídio, proporcionando uma realidade bem diferente da atual. O Delegado de Homicídios de Mossoró, Cleiton Pinho, por exemplo, reclama de estrutura na casa alugada para funcionar a Delegacia e até mesmo o fato de ter que tirar dinheiro do bolso, para alguns itens básicos, como pagar a conta de internet. Ele, no entanto, chegou a desacreditar que os investimentos viriam.
Por outro lado, o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Adson Kepler Maia, que vem trabalhando a frente do projeto no Rio Grande do Norte, segue motivado. Segundo ele, a Polícia Civil vem realizando todas as etapas do projeto.
“Fizemos o projeto e entregamos, tivemos parecer positivo. Se por acaso houver esse corte é por questões políticas, que soube através da imprensa, porque para nós da Polícia não foi passado nada”, ressaltou o delegado.
Jornal de Fato
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