sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Facebook inaugura ambicioso projeto de levar internet gratuitamente ao mundo

A partir de parcerias com outras empresas, usuários da Zâmbia vão poder acessar serviços como a rede social, Google e Wikipédia de graça

Homem segura um celular com o programa do Facebook 'Home'
Homem segura um celular com o programa do Facebook 'Home' (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA)
O Facebook estreou nesta quinta-feira o projeto Internet.org, iniciativa da empresa para oferecer internet gratuita em mercados em desenvolvimento. A Zâmbia, na África, é o primeiro país a ter o aplicativo que dá acesso a serviços como a própria rede social, a busca do Google e a enciclopédia digital Wikipédia sem cobrar dos usuários os planos de dados. Não se trata, porém, de um app disponível para todas as pessoas. Somente os assinantes da operadora de telecomunicações Airtel poderão usufruir do benefício. 
Além de Google e Wikipédia, o Facebook também fechou parcerias com um serviço de previsão do tempo e com um aplicativo de promoção aos direitos das mulheres. "Provendo acesso gratuito a serviços básicos via aplicativo, nós esperamos conectar mais pessoas e ajudá-las a descobrir o valor desse conteúdo", explica a rede social em um post publicado em seu blog. 
Assim como o Google, a rede social de Mark Zuckerberg também espera contribuir para que o mundo seja mais conectado. No começo deste ano, a empresa revelou um plano de usar drones, satélites e até laser para levar a internet para áreas remotas. Em junho, o Google lançou o Project Loon, balões gigantes de hélio capazes de transmitir sinais Wi-Fi para regiões sem acesso à rede. 
As ações altruístas do Facebook — e do Google, é claro — não ocorrem à toa. A rede social testemunha uma desaceleração em número de usuários nos mercados ocidentais e enxerga nos países em desenvolvimento uma ótima oportunidade para continuar crescendo a sua base. A ideia, contudo, não foca necessariamente no Facebook. Primeiro a companhia mostra os benefícios da internet às pessoas e depois as convence das vantagens do seu serviço.


Em outubro de 2003, quatro estudantes (Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin) da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desenvolvem uma rede dedicada à quase pueril tarefa de comparar garotas da faculdade, escolhendo as mais atraentes. O Facemash é um sucesso: em quatro horas, atrai 450 visitas e exibe fotos das estudantes 22.000 vezes. A empreitada incentiva Zuckerberg a criar o Thefacebook.com.

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