sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Susto ao vivo: Repórter da Cultura fica no meio de tiroteio na porta do Corinthians

REPRODUÇÃO/TV CULTURA
O repórter Marcos Clementino, da Cultura, cobre tiroteio em frente ao CT do Corinthians
Por PAULO PACHECO

Uma equipe da TV Cultura foi surpreendida com um tiroteio em frente ao CT Joaquim Grava, o centro de treinamento do Corinthians, na tarde desta quinta-feira (31), em São Paulo. O repórter Marcos Clementino falaria no Jornal da Cultura 1ª Edição sobre o time, porém três minutos antes de entrar ao vivo um homem tentou assaltar um carro e trocou tiros com um policial à paisana. O repórter entrou no ar com o suposto bandido agonizando ao fundo.

O repórter, ao lado do cinegrafista Fernando Dias de Jesus e do auxiliar Erinaldo Clemente, estavam prontos para o link quando ouviram os disparos. Mesmo assustado, Marcos Clementino entrou ao vivo e relatou o crime, gaguejando: "Entrei ao vivo tremendo. Quando teve o primeiro tiro, falei para o cinegrafista: 'Filma, filma!". Quando o cara veio na nossa direção, eu gritei: 'Corre, corre'", afirmou o repórter ao Notícias da TV.

Clementino lembra ter ouvido cinco disparos, porém não sabe quem atirou primeiro. O suposto ladrão, baleado, correu na direção da equipe da Cultura para se proteger, na avaliação do jornalista. Quando o policial à paisana, que era o dono do carro, começou a persegui-lo, a equipe correu para a porta do CT do Corinthians, porém foi impedida de entrar.

"Bati muito na porta do Corinthians, gritei que era da imprensa, o ladrão estava correndo na nossa direção, mas o segurança disse que não poderia abrir", diz o repórter da Cultura.

Baleado, o suposto assaltante perdeu as forças e caiu a dez metros da entrada do CT. O repórter entrou ao vivo duas vezes com o homem ao lado, deitado no chão e agonizando. Entre um link e outro, chegou a conversar com o suposto bandido para obter mais informações.

"Na hora nem percebi como estava o enquadramento, depois vi que o cara estava do meu lado. Eu estava muito nervoso e o cinegrafista também. Conversei com ele, ele pediu ajuda. Eu o vi tomar três tiros, um no peito e dois no braço direito. Como ele estava mancando, pode ter tomado outro na perna. Fiquei surpreso pela minha frieza de pedir informação para o cara agonizando", conta o jornalista.

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