Vinícius Menna
Repórter
A conta de energia elétrica de maio já chega mais cara à casa dos potiguares. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem reajuste de 11,4% para a baixa tensão, que engloba a conta de luz das residências e do comércio de pequeno porte. O reajuste é praticamente três vezes maior do que o aplicado em 2013, que foi de 3,84%, referente à revisão tarifária periódica realizada a cada cinco anos. Cerca de 1,29 milhão de unidades consumidoras, entre casas e comércios, serão afetados no Rio Grande do Norte com a medida.
As 2.400 unidades da indústria também serão afetadas através do reajuste para consumidores de alta tensão, que será de 15,78%. É mais do que o dobro do reajuste de 2013, de 7,33%. Em média, o reajuste para o RN foi de 12,75%. Os reajustes começam a valer a partir do dia 22 de abril, mas só deverão ser sentidos pelos consumidores no mês de maio, quando chegar a conta.
No caso de Airton Júnior, que mantém um negócio de reparo em motores elétricos na Ribeira, a partir de maio, a conta que em média é de R$ 90 deve subir para mais de R$ 100. “Vai aumentar os custos e a gente não pode repassar isso para o nosso cliente”, diz. “Para mim é ruim. Embora pareça pouco, é custo, né? E ainda tem em casa, que a conta é na faixa de R$ 300”, acrescenta.
Ou seja, na prática, nos próximos 12 meses, Airton vai pagar R$ 120 a mais na conta de energia elétrica - no acumulado do ano - só na empresa. Somado ao aumento que vai sentir em casa, de cerca de R$ 34 por mês – R$ 400 no acumulado dos 12 meses - no total, ele vai gastar a mais em um ano aproximadamente R$ 520 a mais só em energia elétrica.
Cálculo
O maior impacto para o cálculo do reajuste, segundo a Aneel, foram custos relacionados a compra e transporte de energia, além do pagamento de encargos do setor. A variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) dos últimos meses também pesou na conta, informou na Agência.
A Cosern disse que o principal item de custo na composição do aumento foi a compra de energia, que teve elevação de cerca de 12,10%. “Ainda precisaram ser cobertas despesas já incorridas nos últimos 12 meses”, explicou a Cosern em nota.
TRIBUNA DO NORTE
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